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Mostrando postagens de setembro, 2009

POEMAS - RECORTES SUBJETIVOS

Me dispo da miséria Corando-me da mágoa A indiferença me resseca E a coragem me abstém da sorte Não existe medo onde não há perigo Não há perigo onde tudo é des-importante Não há importância onde tudo não é meu Não há nada meu onde nada me detém: Os olhos, a vontade e o coração Tudo me (des)ocupa a mente E foge aos olhos e mãos Não quero nada Que ainda Possa Ferir-me O coração Deixo as virtudes para os outros Procurarei apenas os sentidos Na inscrição Que me habita O desinteresse (Rômulo Giacome - 2006) Pra quem? Se me perguntarem, o que? Responderia ou não só: uma folha dissolvendo-se ao vento Se me perguntarem, para que? O toque árido ao solo, a fome, a seca O desassossego e a dissonância Distância talvez Se me perguntarem, de quem? Do invisível que me fere o peito E o por que? (se ainda me perguntarem) Sim. A solidão que devora o último pedaço de mim que ainda fica E agora? silêncio, O ensurdecedor e maldito silêncio. ( Rômulo Giacome - 2006 ) c

PCH RONDON II - USINA HIDROELÉTRICA DO VALE DO APERTADO

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Tive a grata oportunidade de conhecer, no dia 26 de Julho de 2009, mais um empreendimento energético em nosso estado e região. Com apenas quatro turbinas, a usina hidroelétrica do vale do apertado é um complexo de construção sobre o rio Comemoração, no município de Pimenta Bueno. Foi uma grande experiência, onde pude obter uma melhor percepeção do crescimento do nosso estado maravilhoso. Vejam as fotos que fiz do local com a descrição leiga (rsrs): LOCALIZAÇÃO O Aproveitamento Hidrelétrico Rondon II está localizado no trecho do rio Comemoração denominado “Apertado da Hora”, a cerca de 94 km, pelo rio, da confluência com o rio Pimenta Bueno, próximo à cidade de mesmo nome, com as seguintes as coordenadas geográficas aproximadas do eixo do barramento: 12o00’ Latitude Sul e 60o41’ Longitude Oeste. (fonte Themag Engenharia) Parede da barragem com Lago: Duto para saída da água do leito do lago principal; este duto mantém o rio no leito natural; Curso do rio natural após saída do duto; Visão

CULTURA AMBIENTAL: O EDUCOSISTEMA

CULTURA AMBIENTAL: O EDUCOSISTEMA Rômulo Giacome O meio ambiente, antes de um problema material, é de ordem cultural. Não é difícil perceber que os efeitos e desgastes ambientais já eram visíveis pelos cientistas a muitas décadas. Mas o que isto afetaria o nosso sistema cultural? Quais os efeitos destas sequelas em uma comunidade global que experimenta o sabor da economia de mercado? Os bens (in duráveis) que assolam(vam) nosso universo vetorial de vontades e desejos seriam refeitos? Absortos em nosso modo de vida não poderíamos ter nada atrapalhando. O ideal de modernidade e conforto está totalmente vinculado ao ideal de excessos, exageros e muito lixo. Uma sociedade volátil que constrói valores volúveis e solúveis, não consegue sobreviver sem poluir. O lixo é o código da grandiosidade globalizada, encartada nos ícones do merchandising e da publicidade a todo custo. Assim, faz sentido ouvirmos falar em efeito estufa desde a década de 80, mas nunca uma criança ou pai de famíli

FESTIVAL DE ROCK CASARÃO – PORTO VELHO

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FESTIVAL DE ROCK CASARÃO – PORTO VELHO Por Rômulo Giacome As trombetas (guitarras) do rock and roll soaram nas margens do Rio Madeira. Na convulsão do rio e da história, às margens da(s) madeira(s) que decem vagarosamete no leito marrom das águas, a criatividade rompeu as teias do mais do mesmo. Sob a luz alucinógena das kaiser quentes (quase trocadilho infame com Kaiser Kiefs) a brisa do madeira estava vaporífera. Eu e Helem trocávamos olhares às bordas do caldeirão. Mas exalava uma noite linda, aberta, que pronunciava e prenunciava seu maravilhoso interregno. A primeira banda a literalmente “tocar” a todos com uma energia feminina e sensual, totalmente paralisante e anestésica foi a banda de mato grosso do sul (Campo Grande) Dimitri Pellz. A vocalista interpretava o imenso devaneio de ideais comunistas, alicerçadas teoricamente por uma boa costura de guitarra e bateria. O tecladista, icônico, estampava no peito a camiseta “quase!” clássica do Velvet and Nico; placa icôni