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O METAPOEMA "AUTOPSICOGRAFIA" DE FERNANDO PESSOA

A TEORIA REVELADA NA PRÓPRIA CRIAÇÃO By Tássyla Fernanda* O poema “Autopsicografia”, de Fernando Pessoa, nos leva a questionar a intenção do autor ao escrevê-lo. Observa-se uma característica recorrente do modernismo, a metalinguagem, já que o autor refere-se à criação da própria arte. Deixa claro que se trata de uma análise psíquica da criação (devido ao prefixo auto), à medida que descobria / revelava sua fruição poética e suspeitava a fruição lida, referida ao leitor nos versos da segunda estrofe. Para elevar sua obra ao campo da arte o autor precisa fingir uma dor, não apenas sentir e transcrever a dor real. Entretanto, ao ler a primeira estrofe, parece-nos que o autor sugere a dor da criação, aquela que sente ao ter que fingir algo que não sente no processo de criatividade; então sugere que não basta haver uma poesia, e sim, é necessário que haja imaginação para encaixá-la na forma artística e ser considerada arte. (CONTINUE)