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Mostrando postagens de 2005

PRODUÇÃO ACADÊMICA

PRODUÇÃO ACADÊMICA – TEOLITÉRIAS Este espaço também visa promover a poesia produzida em nossa Faculdade. Uma forma de promover a poesia é tornando-a pública, coletiva. Um texto só se concretiza na leitura do outro. Não existe linguagem ensimesmada; não existe linguagem que esconda em si mesma seu ato de expressar. Acreditamos que a veiculação dos textos traduz o espírito de Orfeu, o espírito das ondas poéticas que transcendem espaços em busca de contato. Seguem alguns textos selecionados. Que nos deliciemos na dúvida da palavra e desafiemos nossa própria compreensão: envie sua poesia para seleção ou comentários no endereço elet.: romulo@unescnet.br WESLLEN MAKEL *Acadêmico do 2º período DE LETRAS e pesquisador efetivo do grupo TEOLITERIAS CARCERAGEM O perdão cego do mudo Alegria do surdo Palavras vendidas em troca Do suor do inocente A mente atraída Pelo branco dos dentes Vejo pernas tortas dos que olham para cima Cantei para surdos Cantei! Cantei! O olhar sem graça Pele quente da fu

A Escrava Isaura e desfecho das atividades

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A Escrava Isaura (Bernardo Guimarães) by Elizabete e Sirlene Bem; este é o último post sobre os grupos que se utilizaram de caracterizações qualquer comentário ou sugestão, comunique-me: e-mail: romulo@unescnet.br songs of: silence total

Lucíola e Senhora - Caracterizações part III

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Senhora (Jose de Alencar) by Maria Andrea, Miriam e Jucylaine Senhora e Seixas: Senhora e Grupo: Lucíola (José de Alencar) by Maria Aparecida e Lucineide Transgressão total, Senhora e Lucíola: songs of: American Music Club (band)

Memórias de um Sargento de Milícias e A Pata da Gazela

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A pata da Gazela (José de Alencar) by Roseli e Ângela Memórias de um Sargento de Milícias (Manuel Antônio de Almeida) by Andressa, Inara e Tatiele. Songs of: American Music Club (band)

APELO VISUAL E LITERATURA

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Em minhas últimas aulas de Literatura Brasileira tenho recorrido ao recurso da caracterização como suporte didático. Observo que o apelo visual exercita a re-criação das personagens, permite uma nova releitura dos enredos e uma melhor assimilação das obras. Com as vestes, amplificamos os códigos culturais inerentes ao aspectos social dos textos, dando uma atualização no caráter informativo dos mesmos. Inocência (Visconde de Taunay)by Helem, Quesia e Francis Kely O Guarani (José de Alencar) by Fairuse e Lucidagma songs of: Nick Drake, In: Fly

PAZ SEM VOZ NÃO É PAZ

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PAZ SEM VOZ NÃO É PAZ É MEDO Gente, bem, já faz algumas décadas que não escrevo aqui, muitas coisas já se passaram, águas e águas rolaram por cima da ponte (Nova Orleans) ou águas de março publicadas em Setembro, finaizinhos. EDIT: A revisão destes textos está sendo feita ao som de “O patrão nosso de cada dia”, SECOS E MOLHADOS. Temor é respeito? Vc confia em quem tem medo de Vc? Vc confia no silêncio? Nada mais belíssima que esta já clássica frase do O RAPPA; bem, enquanto ela estava lá, pendurada na favela em homenagem ao rito, em homenagem à cultura popular brasileira, eu não a via; estava invisível a mim; logo, eu precisei de um sopapo da mídia, uma paulada da Carnavalização; precisei ouvir a música cantada pela Maria Rita. (não que a ache referência para qualquer coisa; talvez referência que o vazio cultural necessita para sobreviver nas massas). Bem, sou massa, metonimicamente faço parte dessa “vida de gado”. Parem e pensem nessa frase: Paz sem voz não é paz é me

PUBLICANDO ÚLTIMOS TEXTOS

Uma linha na solidão branca; Nos sonhos leves delírios; Neves vivas olhos em sangue; Lírios em mim em nós; Por todo o corpo um cheiro azul; Espalhando escamas no rosto branco da musa; Não; não existem idéias; palavras tem cheiro; e nada mais Estão escassas as ruas nuas ainda que vão; Quem me disse da estruturas ou das escrituras? Louvado seja eu, que nasci escrito; Apenas uma linha na solidão branca; (Rômulo Giácome - 2004) O fogo repleto em um espaço incerto Inseto morto no cume da água queimava mais que lágrimas No tato incerto de uma língua fogosa Vagando Moribundo Marimbondo tocando a ponta do teu começo Trombone d´água rugindo nua Dizendo sempre: tua, tua. Mas é por demais assim Um inseto morto no leito d´água Lançando fogo no olhar sedento Sede queimando o momento Sede de tempo e de vento. (Rômulo Giácome – 2003) procuro um estado onde a palavra não trema o som não saia e não pingue em mim um clarão de luz procuro um estado onde a sorte tard

O ATO CRIADOR VERBAL

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A criação verbal é um ato que perpassa o individual para o coletivo. A linguagem compartilhada, os códigos compartilhados, um espelho sígnico que nos abre os olhos e permite dissipar, momentaneamene, as considerações genéticas. Evoluir do grau de ser biológico, para um ser existencial e singular, é a presença forte da "singularização" que nossos amigos linguistas já propunham. Para apreciarmos a arte verbal sob o âmbito humano, bastamos "fruir" e sentir um langor de existência corar a língua e abdicar dos contornos da palavra, livre do dicionários ela voa por sobre os paredões sintagmáticos, procurando rastros de formas perdidas no desconhecer. Mas, apreciar a obra também é atuar por sobre a linguagem velada do óbvio. A partir daí temos a análise literária. Como diagnóstico e descrição do fenômeno poético. Procuro graduar a análise por sobre dois fatores: a) a metodologia utilizada b) a qualidade do sentido a) Quanto ao método, devemos estar esclare

RECURSOS PARA ANÁLISE LITERÁRIA

Neste resumo traço alguns parâmetros metodológicos em focos específicos de uso dos recursos, ou seja, aspectos que devemos olhar e como devemos olhar, de certa medida é a própria análise em si que empreendemos.    a) ASPECTOS FORMAIS (DESCRIÇÃO) 1. Disposição gráfica do texto (formato visual, extensão do verso) 2. Ritmo; (Sintaxe e pontuação) 3. Melopeia: (sonoridades: fluídas, ásperas, duras, etc) 4. Versificação (classificação quanto ao período) 5. Escolhas morfológicas: a) ações; (verbos) Implica em presença forte do ser / fazer / parecer / oposições e embates com algo (passion) b) nominalizações (substantivos) Implica descrições / estados / visualidade / referências / pictórico c) caracterizações (adjetivos); Implica opiniões / parcialidade 6. Identificação do “Eu” poético a) Quais os conflitos? b) Com quem? b) ASPECTOS DA FORMA QUE PROJETAM INFORMAÇÕES SEMÂNTICAS (DESCRIÇÃO COM FORMAÇÃO DE SENTIDOS) 1. Figuras de Sentido a)metáforas b)símbolos c)

Projeto de Iniciação Científica: NORTEandos II

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PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – GRUPO TEOLITÉRIAS LITERATURA POPULAR E LITERATURA BEAT: LIGAÇÕES COM O ERUDITO 1. Apresentação O novo contexto de produção artística propiciou uma melhor integração entre o erudito e o popular. Este contexto de diálogos entre o regional e a Pop Art deflagrou um campo propício aos estudos da literatura como portadora cultural de identidades locais e de consumo. A quebra de barreiras entre uma latente veia acadêmica com a produção em massa, produz ótimos temas de pesquisa, que vão desde o resgate histórico das tradições bem como dialogismos com a nova cultura Beat que surge dos novos meios de comunicação. 2. Objetivo Desenvolver atividades de pesquisa que derivem em uma condição crítico/histórica da produção artística/literária no bojo da tradição e da novidade. 3. Orientador Prof. Ms Rômulo Giácome de Oliveira Fernandes 4. Temas MangueBeat e a geração Chico Science Literatura de Cordel (Zé da Luz e Patativa do Assaré) Anos 80: Punk Rock e

PARADIGMAS PARA O ENTENDIMENTO DO PÓS-MODERNO

                                                                                 Por Prof. Rômulo Giácome Fernandes 1. A literatura pós moderna não pode ser confundida com pós-modernidade;a pós-modernidade situa-se na confluência de situações expostas pela sociologia da cultura; onde as manifestações culturais e sociais podem ser analisadas por um perfil de manifestação da sociedade; na literatura, o conceito de pós-modernidade é rotular, e serve como denominação estética e não social; demarca o momento de um início de “crise” literária a partir das manifestações neo-concretas, o que seria o epicentro das discussões em torno da Tradição e da Modernidade. 2. O pós-modernismo tem sua existência condicionada ao ato da semana de arte moderna e seus derivados; a pós-modernidade literária tem relação com o avanço dos estudos da linguagem das primeiras décadas de 1900, com o aglomerado de teorias existenciais, fenomenológicas, físicas e outras que fomentaram o espírito da ciência e

CLÁUDIO MANUEL DA COSTA POR ANTÔNIO CÂNDIDO

Org. Rômulo Giácome de Oliveira Fernandes 1. À primeira vista o poeta apud pode ser considerado excessivamente Lusófilo; mas escondido entre suas linhas e seu perfeccionismo estético, esconde-se um grande apreciador da beleza mineira; 2.O uso recorrente da rocha é uma marcação de “referência”; o que pode determinar o uso da imagem nítida: emoldurada (presença de totalidade, começo, meio e fim); busca de um referencial artístico, uma forma de não evadir para a totalidade do sentimento; 3.Uso de imagens com caracteres humanos: realça no antropomorfismo o sublime necessário, sem sair do real Arcádio e necessário do clássico; tentar sensibilidade na razão; (tirar leite de rocha). 4.Cruzamento de sensações dentro do limite do natural; formação de uma mentalidade árcade; 5.O uso de montes e penhascos é uma pequena prova do seu uso constante de referência à terra natal; contrapondo planaltos, planícies e pradarias recorrentes na poesia árcade luso-hispânica; 6.Uso de

BASES LINGÜÍSTICAS DA LITERATURA

Caracteres da Função Literária D´ONOFRIO, Salvatore. Teoria do Texto 1. Ed. Ática. São Paulo: 1992. Conotação A linguagem literária, por ser um sistema semiótico secundário que tem como significante o sistema lingüístico, constitui-se num discurso conotado, porque seu plano de expressão já inclui uma siginificação primária. O termo conotação deve ser reservado para sentidos de uma palavra ou de uma expressão que podem existir virtualmente na experiência que temos da coisa designada por essa palavra, ou nas associações que nascem do uso que se faz dessa palavra na linguagem em geral, mas que só se atualizam por seu emprego particular num certo discurso. A conotação é um sentido que só advém à palavra numa dada situação e por referência a um certo contexto (Lefebvre, 34, p.58). É preciso distinguir a conotação poética, ou artística em geral, da conotação de outros sistemas semióticos: a da linguagem jurídica, médica, diplomática, dos marginais, gíria, etc. O sentido conotativo

INTRODUÇÃO À CRÍTICA LITERÁRIA

Por Rômulo Giácome Oliveira Fernandes O presente texto é um esboço resumido de algumas atitudes metodológicas que o Crítico deve possuir frente ao objeto estético verbal, levando em conta toda a diversidade de correntes críticas e variáveis metodológicas. 1. A crítica literária dividida em duas ações: (metodologia básica) a) Desdobrar a obra do ponto de vista dos “sentidos”, propondo releituras e revisões interpretativas, relatando estas leituras através de meta-textos; b) Averiguar e descrever a qualidade da obra segundo parâmetros centrais da crítica literária atual. Estas ações estão pautadas na estratégia e postura central da ciência TEORIA DA LITERATURA: a análise literária. Através desta, poderemos desmontar o texto, procurando diagnosticar os recursos / terminológicos logo abaixo citados. 2. A questão da qualidade: 2.1. A qualidade enquanto “constructo”; matéria verbal trabalhada de modo a propiciar as categorias centrais estudadas pela Teoria da Literatura

ANÁLISE CRÍTICA DOS AUTORES ÁRCADES: POR BOSI

ESTUDO DOS AUTORES PELA ÓTICA DE ALFREDO BOSI Professor. Rômulo Giácome O Fernandes “Mais de um fator contribuiu para que Cláudio Manuel da Costa fosse o nosso primeiro e mais acabado poeta neo-clássico”. (p. 61) 1. CLÁUDIO MANUEL DA COSTA (GLAUCESTE SATÚRNIO) Com esta citação abrimos este estudo sobre os autores Árcades na obra História Concisa da Literatura Brasileira. Como prenúncio de uma possível valorização imediata de Cláudio, o adjetivo primeiro e mais acabado nos dão um detalhe peculiar. Cronologicamente, Cláudio foi o primeiro poeta de nossa geração neoclássica. Por outro lado, o acabamento dado aos seus versos, atribuíram-no o título de artesão-mor do período. Criticamente, estas marcas de juízo deixadas como pegadas por Bosi, serão mensuradas ao final desta resenha. De um modo geral, podemos avaliar Cláudio por sua configuração, detalhada abaixo: 1. SOBRIEDADE E CULTURA HUMANÍSTICA. Um quesito primordial para a confecção de uma poética neoclássica, é o reconhecimen