AINDE QUE FIQUE, SEMPRE SOBRA
Por Rômulo Giacome de Oliveira Fernandes _______________________________________________ quando andamos no solo seco solo tênue próximo as linhas do caminho se fecham e se cruzam por sobre elas mesmas; fundem-se na pele o ferro e flutuando o contorno da estrada circula no vento e faz-se alto girando luminoso de fronte formando uma auréola sufoca a cabeça que pesada cai na terra da estrada sem caminho formando o pó e mais nada onde estaria no leito a acabar sabendo que pedaços sensíveis despedaçadas epidermes sofrem o peso sufocante da escolha e da vida afora correndo diante do vazio que agora enegrecido pelas formas invisíveis pedem um pouco de mim onde mim mesmo estaria desperto a acordar sem saber que o frio não corta nem o fogo queima só o vazio silencioso que marca o espaço, definha o sonho e destrói a última gota de lembraça ficando o resto, ainda, a contemplar as sobras do tempo e da consciência com a cara na lama, os pés na merda a cabeça pendida a