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Mostrando postagens de maio, 2006

AINDE QUE FIQUE, SEMPRE SOBRA

Por Rômulo Giacome de Oliveira Fernandes _______________________________________________ quando andamos no solo seco solo tênue próximo as linhas do caminho se fecham e se cruzam por sobre elas mesmas; fundem-se na pele o ferro e flutuando o contorno da estrada circula no vento e faz-se alto girando luminoso de fronte formando uma auréola sufoca a cabeça que pesada cai na terra da estrada sem caminho formando o pó e mais nada onde estaria no leito a acabar sabendo que pedaços sensíveis despedaçadas epidermes sofrem o peso sufocante da escolha e da vida afora correndo diante do vazio que agora enegrecido pelas formas invisíveis pedem um pouco de mim onde mim mesmo estaria desperto a acordar sem saber que o frio não corta nem o fogo queima só o vazio silencioso que marca o espaço, definha o sonho e destrói a última gota de lembraça ficando o resto, ainda, a contemplar as sobras do tempo e da consciência com a cara na lama, os pés na merda a cabeça pendida a

LITERATURA DO ESGOTAMENTO OU LITERATURA DA PLENITUDE?

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por Rômulo Giacome de Oliveira Fernandes Se a arte rompe os fins dos tempos em busca de algo para imitar, a tendência pós-moderna é acreditar qua a própria imitação é matéria de ficção; A ficção por sobre a ficção; tendo em vista que o universo real é uma ilusão; Esta estratégia de auto-devoração, faz com que toda obra se auto-referencie; e nesta teia de re-criações, o novo não surja no produto, mas no processo. Para Linda Hutcheon, existem os termos MIMESE DO PRODUTO e MIMESE DO PROCESSO; o primeiro é a realização da imitação do "real"; das personagens, da verossimilhança, dos objetos; no segundo caso, é uma imitação do processo de invenção, mostrando os códigos, os recursos, as marcas que ficam escondidas quando do ato da leitura; é uma espécie de Narcisivação (Narciso) do processo de fazer, de compor, de apresentar; o artista tem a obrigação de agregar ao seu texto o processo de composição, o modus de escrever, as marcas utilizadas; O resumo de Jonh Barth faz é emb