TÓPICO GRAMATICAL – EDIÇÃO 01 - PRONOME DEMONSTRATIVO

By ELISANDRO FÉLIX DE LIMA
PRÓLOGO
O grande amigo, professor Rômulo Giácome, ilustre nas teorias literárias e Língua Portuguesa, agora também, na área jurídica, sempre oportunizou a mim, um espaço em seu sítio, o TEOLITÉRIAS, para que eu possa expor um pouco daquilo que eu aprendi durante o curso de Letras. Agora, a convite dele, inauguro aqui a 1ª edição do que chamaremos de TÓPICO GRAMATICAL. O objetivo é compartilhar um pouco da questão gramatical, aquilo que gera dúvida ou dúvidas a nós usuários da Língua Portuguesa Brasileira, quando se trata de língua culta. Não quero aqui, conceituar a minha maneira, como ou qual a melhor forma de escrever ou usar a língua portuguesa. Apenas, quero expor, em uma maneira mais compreensível, o que as gramáticas têm a oferecer quando se trata do uso culto da língua portuguesa.



PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Uma dúvida cruel. Isso mesmo! Para muita gente tem sido cruel usar os pronomes demonstrativos: “ESSE, ESTE, AQUELE e suas variações”. Nunca se sabe se é hora de usar o “esse”, ou o “este”, ou quem sabe o “aquele” seja a melhor opção. Bom! Vamos a uma dica que eu acredito ser bastante útil. Considere ESTE equivalente a “aqui”. ESSE igual a “”. E Aquele o mesmo que “”. Também, serve para cada uma das variações.

Vamos ao teste:

a) Estou nesta sala./ Estou nesta sala aqui.
b) Já entrei nessa escola./ Já entrei nessa escola .
c) Olhe aquele professor no carro./ Olhe aquele professor no carro.

Para uma melhor contextualização, veremos as tirinhas:




Depois da dica, que é o que importa, vamos ao conceito, segundo (SACCONI, 2010) “pronomes demonstrativos são os que situam os seres, no tempo e no espaço, em relação às pessoas do discurso”.

Exemplos: (SACCONI, 2010).

Quando digo este livro, estou situando o ser livro em relação à 1ª pessoa (perto de mim). Se digo esse livro, estou determinando o ser livro em relação à 2ª pessoa (longe de mim). Se afirmo aquele livro, estou situando o ser livro em relação à 3ª pessoa (distante da 1ª e da 2ª).

Só para reforçar e revisar o aprendizado, no que respeita à proximidade dos objetos ou das pessoas, vale resumir: este indica proximidade em relação à pessoa que fala. Esse indica proximidade em relação à pessoa com quem se fala. Aquele indica distância absoluta ou proximidade com relação a terceiro.
Exemplos: (COSTA, 2004) e (PASQUALE & ULISSES, 2003)

Esta espingarda. Indica a espingarda que está junto da pessoa que fala.
Essa faca. Indica a faca que está perto ou com quem se fala.
Veja aqueles monumentos. Indica os monumentos longe de quem fala e com quem se fala.

Outro exemplo, agora, no plano da escrita. Vamos descomplicar o que pode ser complicado.
Vejamos:

Maria, Joana e Rita. Esta secretária, essa professora e aquela funcionária pública.

E agora? Quem é a secretária, quem é a professora e quem é a funcionária pública?

Sabemos que o pronome, como o próprio nome diz (pro+nome), pode ser utilizado para substituir um substantivo (nome) já dito em um enunciado, deixando assim, o texto sem redundâncias e tautologias. É o caso da frase descrita acima. Para não ficar carregado de tautologia, nos faz usar dos recursos pronominais. Nesse caso, se pode utilizar a oposição entre os pronomes de primeira pessoa, de segunda e de terceira pessoa na retomada de elementos anteriormente citados. Diante disso, vamos entender e responder quem são as pessoas com suas devidas profissões.

Maria (aquela) funcionária pública, Joana (essa) professora e Rita (esta) secretária.

Os pronomes demonstrativos, também, podem estabelecer relações entre as partes do discurso, ou seja, podem relacionar aquilo que já foi dito numa frase ou texto com o que ainda se vai dizer. (PASQUALE & ULISSES, 2003).

O título do meu trabalho é este: Os registros de expressividades nas salas de bate papo.

Os registros de expressividade nas salas de bate papo: Este é o título do meu trabalho.
Tudo isto (o texto a que escrevo) é só um pouco sobre os pronomes demonstrativos.
REFERÊNCIAS:

COSTA, José Maria da. Manual de redação Profissional. 2. Ed. Campinas: Millennium, 2004.
HUMOR TADELA. Disponível em: <http://www.humortadela.com.br/>. Acesso em: 23 mar. 2011.
PASQUALE, Cipro Neto; ULISSES, Infante. Gramática da Língua Portuguesa. 2. Ed. São Paulo: Scipione, 2003.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa Gramática Contemporânea: teoria e prática. São Paulo: Escala, 2010.
ELISANDRO FÉLIX DE LIMA é graduado em Letras pela UNESC - Faculdades Integradas de Cacoal; Pós-Graduado em Gramática Normativa da Língua Portuguesa; Revisor Textual, além de atuar como professor Tutor nos cursos a distância da UNISA DIGITAL - Polo Cacoal-RO.

Comentários