TÓPICO GRAMATICAL 13ª EDIÇÃO - CONCORDÂNCIA VERBAL: CASOS ESPECIAIS COM SUJEITOS SIMPLES

Por Elisandro Félix de Lima


Expressões partitivas + substantivo/ pronome

Segundo Abaurre e outros (2010) quando o sujeito apresenta uma expressão partitiva seguida de um substantivo ou de um pronome no plural, o verbo pode ficar no singular (concordando com o substantivo que ocorre na expressão partitiva) ou ir para o plural.

EXPRESSÕES PARTITIVAS: "uma parte de..., grande parte de..., a maior parte de..., grande número de..., a maioria de..., a minoria de..., uma porção de ... etc).

Vejamos o exemplo: "A maioria dos alunos não foi à aula". Onde, (maioria dos alunos = expressão partitiva); (maioria = substantivo/ núcleo do sujeito/ 3ª pessoa do discurso, singular).

O verbo ficou no singular porque se optou por fazer a concordância verbal com o substantivo maioria, que é o núcleo do sujeito da frase.

O verbo poderia ir para o plural caso se optasse por fazer a concordância com o substantivo que aparece após a expressão partitiva, no núcleo do adjunto adnominal.

Exemplo: "A maioria dos alunos não foram à aula". Onde, (alunos = substantivo/ núcleo do adjunto adnominal/ 3ª pessoa do discurso, plural).

Para a maioria dos gramáticos, o plural, apesar de correto, não é estilisticamente aconselhável, como é o caso do exemplo: "A maioria das pessoas concordaram comigo".
Particularmente, sobre o assunto, concordo com a maioria dos gramáticos, não aconselho o plural.

Fonte Consultada:

ABAURRE, M. L. M. et al. Português: contexto, interlocução e sentido. São Paulo: Moderna, 2010, p. 343.
PIMENTEL, Carlos. Português Descomplicado. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 154.

Elisandro Félix de Lima é graduado em Letras e pós-graduado em Gramática Normativa da Língua Portuguesa pela UNESC - Faculdades Integradas de Cacoal, além de atuar como Revisor Textual de Monografias e Artigos Científicos.



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