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Mostrando postagens de maio, 2020

CONGRESSO INTERNACIONAL DE LITERATURA, CULTURA E RESISTÊNCIA

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O evento acontecerá virtualmente, nos dias 21, 22 e 23 de maio de 2020, por meio de videoconferências, chamadas através da plataforma Google Meet. Nos dois primeiros dias, os expositores e/ou a expositoras farão as suas apresentações em aproximadamente 30 (trinta) minutos e terá mais 15 (quinze) minutos cada para interagir com os participantes, esclarecendo dúvidas e sugerindo (re)tomadas de iniciativas artísticas, literárias e culturais. A cronometragem de tempo de exposição e as inscrições das possíveis intervenções das falas dos participantes serão mediadas por um dos membros da comissão organizadora.  No terceiro e último dia acontecerão apresentações de comunicações orais de pesquisadores: professores, mestrandos e doutorandos de programas de pós-graduação em Letras, Literatura, Linguagens, Artes, Estudos Culturas e afins. LINK PARA INSCRIÇÃO:  Inscreva-se: https://forms.gle/i8UiNqY5JCTFCr2i7 BAIXE A PROGRAMAÇÃO:  PROGRAMAÇÃO                              

OS PREJUÍZOS SEMIÓTICOS NO USO ATUAL DOS TERMOS “DIREITA” E “ESQUERDA”

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  por Rômulo Giacome de Oliveira Fernandes O uso dos termos “direita” e “esquerda” tem aumentado exponencialmente nas redes sociais. Eles têm sido utilizados como cheque em branco ou notas falsas de moeda ideológica ao bel prazer de funções comunicativas e argumentativas próprias, e resgatam valores semânticos simplistas e perigosos. Se os termos são complexos aos olhos dos estudiosos, imagine no repertório lexicográfico de milhares de pessoas que reproduzem esses termos em replicações nas redes sociais e grupos, muitas vezes deslocados de seus sentidos semânticos e semióticos próprios. Você sabe o que é direita e esquerda? Com certeza sabe. Ou acredita que sabe. É necessário buscar as bases históricas, sociológicas e filosóficas para entender mais proeminentemente essa dualidade, quase uma dialética, que remonta o dia em que, no parlamento pós-revolução francesa, os Girondinos liberais sentaram-se à direita e defendiam a queda da nobreza e de suas benesses, enquanto os Jacobin

O ROMANCE “A CONSCIÊNCIA DE ZENO” E O MAL ESTAR DA CIVILIZAÇÃO

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Conheci a obra “A consciência de Zeno” a partir de uma publicação da revista Bravo, que listava as 100 melhores obras da humanidade, simplesmente. E sou fascinado por listas, logo as palavras “psicanálise” e “narrativa” motivaram-me abruptamente a ler esta obra, em algum momento. E garanto que não perdi meu tempo, na verdade, já reli. Digo o porquê. As credenciais dessa obra já se bastam, caso a alguém for relevante. Ela foi publicada em 1923, logo após a primeira guerra mundial, por Italo Svevo, na verdade um pseudônimo do italiano Aron Ettore Schimitz. Considerada pela crítica uma obra prima, dialoga fortemente com a chamada narrativa de Trieste. Quase uma escola, onde pelejava, também, um James Joyce jovem e cheio de intensidade. Muitos dos músculos narrativos e das técnicas narratológicas objetivas tiveram retoques nesse ambiente. Joyce e Svevo eram amigos e trocavam leituras. Joyce leu “A consciência de Zeno” e ficou espantado do que havia para dizer sobre o fumo. Na verdade