O DEVENIR...EVANESCENTE
Escaparam do horizonte olhares perdidos caminhando, o espaço não é mais a pequena esfera que gira sob nossas cabeças apertado foge um pequeno soluço dos lábios azuis do sol sem festa o sol sem calor e sem sol um pequeno soluço incendeia alenta do frio amigo à noite cabera tudo dentro de um pequeno copo e nele esvaziava dia após dia quem dera um último gole cesse mas se cessa, vivia; (a tristeza é uma pequena dádiva do coração) (uma pequena doação aos deuses que brincam, trotam nos cordeiros que pulam felizes ao sacrifício) (sacrificar é banalizar-se) vontades não morrem, a morte não sonha como sonham nossos sonhos previsível a desgraça, incógnita a vitória mas a vitória é prêmio duro: vencer é destruir apenas cesse e viva; e se viver que agora salte se saltar que agora grite e cante se cantar não termine mesmo que a noite acabe o dia venha dotado de músculos reais se afogar no cotidiano já não sem motivo de fuga não sem motivo de agonia que viva ainda