O ROMANCE “NÃO HÁ NADA LÁ” DE JOCA REINERS TERRON: A BUSCA NA POTÊNCIA DA LINGUAGEM POP E SEU UNIVERSO
Resenha apresentada na disciplina Literatura Brasileira V, adaptada à temática de Pesquisa "A prosa de 2000 e seus caminhos", como produto da leitura e análise do Romance contemporâneo e suas imbricações na produção e avanço da teoria.
Katryne Victória Ribas do NASCIMENTO[1]
Isac Bonfim BARROS[2]
Delurdes
FERNANDES[3]
Rômulo Giácome de Oliveira Fernandes[4]
(Org)
Publicado pela primeira vez
em 2001 pela editora Ciência do Acidente
e depois em 2011 pela Companhia das
Letras, a obra de Joca Reiners Terron, Não
há nada lá[5],
possui um mistério a ser decifrado com três histórias aparentemente
desconectadas.
O autor[6]
dessa incrível obra é poeta, prosador, artista gráfico e editor; de Cuiabá/MT,
nasceu em 1968, formou-se em Arquitetura e Desenho industrial. Criou a editora Ciência do Acidente, participou da
edição da coleção Otra Língua,
editora Rocco. Possui seis romances, dois livros de contos e três de poesias.
Possui alguns prêmios como: Prêmio Redescoberta da Literatura Brasileira da
Revista Cult por Não Há Nada Lá, Prêmio Machado de Assis de Romance da Fundação
Biblioteca Nacional por Do fundo do poço se vê a lua e Menção Honrosa na
categoria Contos por A Memória é uma Curva de Rio Sujo - Concurso Nacional de
Literatura Cidade de Belo Horizonte.
Joca Reiners Terron, escritor
mato-grossense, nasceu em Cuiabá, em 1968, e vive em são Paulo. É poeta,
prosador, designer gráfico e editor. As suas primeiras publicações tiveram
início quando ele criou a editora independente Ciência do Acidente, na qual publicou alguns dos seus primeiros
trabalhos.
É o autor de Não há nada lá (2001), a sua primeira aventura
pela prosa, e do livro de poemas, Animal
Anônimo (2002). Também escreveu os livros de relatos Hotel Hell (2003), Curva de
rio sujo (2003), Sonho interrompido
por guilhotina (2006), e os romances Do
fundo do poço se vê a lua (2010) e A
tristeza extraordinária do Leopardo-das-Neves (2013).
Já conquistou alguns prêmios
como; Redescoberta da Literatura Brasileira da Revista Cult por Não Há Nada Lá (2001), o Prêmio Machado
de Assis de Romance da Fundação Biblioteca Nacional pela obra Do fundo do poço se vê a lua (2010)
e recebeu menção honrosa na categoria contos por Curva de rio sujo durante o Concurso Nacional de Literatura na cidade
de Belo Horizonte. Observamos que o romance
Não Há Nada Lá foi publicado originalmente pela editora Ciência do Acidente, em 2001, e
republicada em 2011 pelo selo Má Companhia, do grupo Companhia das Letras.
O primeiro romance de Terron
narra sete histórias, com sete encontros diferentes, como o de Guilherme Burgos
e o livro, Raimundo Roussel e Papa Pio XI, Torquato Neto e Jaime Hendrix,
Isidoro Ducasse e o livro “Flores do Mal”, Arthur Rimbaud e Gui-O-Guri,
Fernando Pessoa e Alistério Croulew, e por último Lúcia e Virgem de Fátima. Os
nomes aqui podem soar familiares para alguns leitores, pois realmente são, o autor
utiliza-se de encontros reais e especulações sobre o que aconteceu nesses
encontros e inclui aspectos literários para que todos cheguem a um único
objetivo envolvendo um certo objeto chamado Tesseract. Esse objeto já nos é
apresentado na capa do livro, pode-se então ver que a edição gráfica do livro
também foi planejada para dar pistas ao leitor. Como o próprio narrador dedica
um capítulo para explicar ao leitor este objeto:
O
Tesseract é um cubo quadridimensional, também conhecido como hipercubo. Matemáticos
e entusiastas de ficção científica sempre reservaram fascínio especial por suas
propriedades e potenciais, mas as complexas dimensões físicas do cubo ainda
escapam à compreensão de muitos. [...] Todas as dimensões do cubo são iguais:
cada aresta tem o mesmo tamanho que as outras; cada face, a mesma área; todos
os vértices formam com seus respectivos planos ângulos retos exatamente iguais.
O livro está estruturado em
48 capítulo numerados e mais 5 capítulos sem números, totalizando 53 capítulos.
A numeração ocorre de forma decrescente, portanto o livro inicia pelo capítulo
48 e finaliza com o capítulo 0, ao final da história entendemos o motivo de tal
numeração.
A narrativa conduz o leitor
numa viagem que o leva a observar encontros improváveis de grandes nomes,
alguns deles da literatura. Os encontros estão expostos da seguinte ordem; William
Burroughs (o mais pop dos escritores beats), Raymond Roussel (o inventor do
trailer), Torquato Neto (ficciona como teria sido o famoso encontro do poeta
com Jimi Hendrix), Isidoro Ducasse, Arthur Rimbaud (ficciona um encontro do
poeta com o pistoleiro Billy The Kid), Aleister Crowley (ficciona o seu
encontro com Fernando Pessoa) e a irmã Lúcia (uma das crianças portuguesas que
tiveram as visões da Nossa Senhora) totalizando os sete encontros do romance.
Os pontos de conexão entre as
histórias são o misterioso livro de sete selos e o hipercubo, que vão surgindo
mais cedo ou mais tarde no desenrolar de todas os encontros que acontecem nas
tramas. Na estrutura do romance Terron vai introduzindo esses encontros em cada
capítulo, retomando-os em sequência em outros capítulos e assim sucessivamente
em toda a obra. Apesar desses encontros ficcionais nos aparecerem provável na
narrativa, na verdade, a grande protagonista dessa história é a própria literatura.
Modernidade em “Não há nada lá”
O romance Não Há Nada Lá, como tudo o que Terron escreve, é marcado pelo
espírito da pós-modernidade. Neste contexto, Cristóvão Tezza[7] (2002),
ao comentar sobre a obra enfatiza que Terron escreveu este romance rompendo com
todos os tipos de convenções, de certo modo, parodiando com as palavras, sem se
ferir, desempenhando, assim, com a função de escritor dos nossos tempos. O
romance promove encontros entre grandes nomes da literatura, ou melhor, grandes
personagens históricos da literatura, no qual aborda narrativas em que
escritores são as personagens principais. Composto por sete episódios
diferentes, com sete personagens principais, que são narrados intercalados, é
desse modo que são construídos os capítulos da obra. Também saindo do convencional
ao paginarmos o romance, os capítulos são construídos na ordem decrescente, começando,
portanto, pelo fim. É assim que o romance Não
Há Nada Lá se inicia, na página 154, e a enumeração dos capítulos se
iniciam pelo número quarenta e oito e vai até o capítulo de número zero.
Em sua obra, Terron, utiliza
de uma técnica bem conhecida no mundo pós-moderno da literatura chamada
pastiche, que é um tipo de intertextualidade, assim como a paródia. Pode-se ver
que Moisés (2004, p. 342 apud COSTA,
2011, p. 5), diz “o pastiche que em “[...] vernáculo também se
emprega a forma pasticho, designa uma obra literária que imita servilmente uma
outra, ou mistura canhestramente trechos de várias procedências”.”, vê-se aqui
a técnica como uma espécie de reaproveitamento, releitura e até adaptação
daquilo que já se tem.
Há na narrativa a presença de
vários gêneros textuais como cartas, máximas, entre outros, e percebemos no
romance até algumas escritas que vão desaparecendo, como se tivessem sido
borradas pelo próprio tempo. Nesta brincadeira com as palavras, Terron em
diversos momentos da narrativa nos faz uma alerta sobre o perigo do fim dos
livros, ou melhor, do apocalipse da literatura, tudo isso fica evidenciado em
trechos do romance como o seguinte: “Pergunto-me como seria a morte do livro.
Diga, como morrem os objetos perfeitos?” (TERRON, 2011, p. 06). Ficamos
imaginando se a história fala de um livro que causa o fim dos tempos, ou se
ele, na verdade, é o gerador de todos os mundos, ou ainda se o fim do mundo é,
por outra, a morte de todos os livros.
Na construção do romance foi
aplicada a teoria do pastiche, na
qual, é muito frequente na produção literária contemporânea, ou pós-modernidade.
De acordo com Fredric Jameson[8] (1985),
em Pós-modernidade e sociedade de consumo,
evidencia que hoje o pastiche é “uma das práticas ou traços mais importantes da
pós-modernidade” (JAMESON, 1985, p. 18). Conceituando o termo, se refere a
obras artísticas criadas pela reunião e colagem de trabalhos pré-existentes. O
pastiche, forma claramente derivativa, põe a tónica na manipulação de
linguagens, contrapondo diversos registos e níveis de língua com finalidade
paródica ou simplesmente estética e lúdica. Conforme a teorização apresentada
por Gérard Genette[9]
(1982), em Palimpsestes, podemos
compreender o pastiche como um recurso transtextual, classificado como uma forma
de hipertexto uma vez que se trata de um texto que obedece à uma lógica
derivação face a outro que lhe é anterior ao hipotexto, colocando-se com o texto
matriz relações de imitação.
Deste modo, por ser uma
narrativa composta de encontros, faremos menção apenas ao encontro entre Aleister
Crowley e a sua visita a Fernando Pessoa em Portugal, encontro esse que de fato
existiu. Para que se tenha a ideia do clima do romance, vejamos o ponto de
partida desse encontro: Fernando Pessoa esperava por Alistério Crowley em 25 de
outubro de 1930. Estava no norte de Cascais cercado de penhascos íngremes
assistindo a ondas enormes rebentarem-se contra os rochedos lá em baixo e
tomava aguardente. Conforme pontua Terron (2011), o encontro de Crowley com um
ainda anônimo Fernando Pessoa como sendo um “desses fatos improváveis que
acabam concedendo à realidade um inegável aspecto de artifício, às vezes mais
ficcional que a própria ficção” (TERRON, 2011, p. 140).
Contudo, no romance Não Há Nada Lá temos um pouco de tudo,
referências culturais abundantes, histórias fragmentadas, brincadeiras
gráficas, metalinguagem, paródias de livros de mistério e ocultismo,
contestação aos ícones religiosos e utilização de muito deboche para
ridicularizar mitos e ironizar situações, e, há também a presença do componente
fantástico e um pouco de ficção científica na figura do tesseract, hipercubo de
várias dimensões.
Fica, portanto, evidente que
o objetivo do autor foi de construir uma narrativa em que cada leitor tenha de
achar seu repertório particular de significados ocultos ao se aventurar pela a
leitura do romance.
O mistério da obra no mistério de Fátima
Na obra “Não há nada lá”, o
autor faz uma relação com as histórias reais, conhecidas publicamente, e mescla
ao literário. No ano de 1916 um anjo
apareceu para três crianças, Jacinta, Francisco e Lucia, o anjo os ensinava a
rezar, depois apareceu mais duas vezes, e era necessário que as crianças
aprendessem a ler e a escrever.
A primeira aparição aconteceu
no dia 13 de maio de 1917, na Cova da Ira, e foram convidadas para voltar ao
mesmo local no dia 13, na mesma hora nos cinco meses seguintes, a mensagem era
que as crianças rezassem o terço todos os dias durante a guerra. A segunda
aparição ocorreu no dia 13 de junho do mesmo ano, Jacinta pergunta a Nossa
Senhora se eles iriam para o céu, ela responde que Jacinta e Francisco logo
iriam, já ela ficaria por mais um tempo; mostrou as crianças uma luz, em que se
viram no céu e Lúcia na terra, e um coração com espinhos, o Imaculado Coração
de Maria, sendo os pecados da humanidade. Em 13 de julho de 1917, as notícias
tinham se espalhado e mais de 4000 pessoas estavam presente no local; nesta
aparição Nossa Senhora mostrou-lhes o inferno, para onde os pecadores não
arrependidos iriam, viram um mar de fogo, demônios e almas em forma humana,
gritos e gemidos de dor e sofrimento e desespero. Depois pediu que rezassem
pela guerra, se não o fizessem no reinado do Papa Pio XI outra guerra pior
começaria, o Santo padre a consagraria a Rússia que se converteria e teriam
paz.
No dia 19 de agosto
autoridade civil prenderam as crianças e foram libertadas só após o dia 13, por
isso a aparição no dia 19 do mês; Nossa Senhora disse que ao final do mês faria
um milagre e todos acreditariam nas crianças. Em 13 de setembro mais de 30 mil
pessoas juntaram-se no local da aparição pedindo aos pastorinhos que levassem
suas mensagens a Nossa Senhora, em outubro disse que faria o milagre que era para
continuarem rezando. N última aparição em 13 de outubro de 1917 já havia mais
de 70 mil pessoas no local, apesar do mau tempo, apareceu para todos e após ir
embora pétalas de rosas caíram sobre todos e ao lado do sol viram Nossa
Senhora, José e o Menino Jesus abençoando-os.
Anos mais tarde, em 1929, no
Convento de Tuy, na Espanha, Lúcia estava na Capela a rezar e uma luz iluminou
todo o local e sobre o altar apareceu
uma cruz de luz que chegava ao teto, viu uma hóstia, sangue e um cálice,
entendeu que se tratava do Mistério da Santíssima Trindade. Nossa Senhora
informou que era chegada a hora de informar sobre os pedidos feitos no dia 13
de julho de 1917, sobre a Consagração da Rússia e sua promessa de conversão, o
chamado Segredo de Fátima.
Irmã Maria Lúcia de Jesus e
do Coração Imaculado, freira da Ordem das Carmelitas Descaças, morreu no ano de
2005 com quase 98 anos de idade.
Comparando a história real
com a do livro, pode-se perceber a quão parecida são. A primeira parte,
capítulo 42, da história de Lúcia[10]
fala da primeira aparição de Nossa Senhora para Jacinta, Francisco e Lucia,
conta a subida deles ao morro e quando a veem com uma luz brilhante. Na segunda
parte, capítulo 35, fala da segunda aparição, quando Nossa Senhora mostra o
inferno às crianças. O capítulo 28 o narrador já fala na atualidade, conta que
Lúcia é irmã no Convento das Irmãs Dorotianas e que está com uma doença nos
olhos, inicialmente o médico olha e vê se formar a silhueta de Virgem de Fátima
que depois começa a distorcer e adquirir rabo e dois chifres. O narrador
novamente volta na história e conta a terceira aparição da Virgem de Fátima, já
com uma multidão, a história começa a se mesclar com uma nova significação,
pois ele conta que um demônio vem na carroça e começa a falar e mostrar coisas
ao povo caçoando da aparição de Nossa Senhora, fato este que não há relatos na
história.
O capítulo 14, volta para a
atualidade quando Irmão Lúcia é internada para fazer uma cirurgia, o médico
começa a tirar várias imagens sequenciais dos olhos da irmã e em um
determinando momento aparece um livro com escritas indecifráveis e o livro em
chamas logo após. O médico ficou espantado e pensativo com aquilo, então um
funcionário chega e diz que a Biblioteca de Pontevedra estava em chamas. Já no
capítulo 7 quando Irmã Lúcia está sozinha em seu quarto luzes saem dos seus
olhos; podemos equiparar esta cena ao Momento em que quando Irmã Lúcia está na
capela e surge uma luz muito forte e ela vê uma cruz, hóstia, sangue, as
palavras Graça e Misericórdia na água cristalina.
A história de Lúcia finaliza
o livro no capítulo 0. Irmã Lúcia começa a ter visões sobre os sete selos, quem
eram e onde estavam as pessoas com cada um deles, já que no decorrer do livro
quando elas visualizam o selo em algum local elas somem repentinamente. A
Virgem aparece e diz que Lúcia deve escrever tudo o que viu naquele momento.
Ela começa a escrever e nas páginas seguintes o texto vai ficando embraçado e
só consegue-se ler trecho até que o leitor vê apenas borrões de escrita como se
fosse o começo do fim.
Comparando a história real
com a história contada pelo narrador em “Não há nada lá”, pode-se perceber como
a técnica de imitar uma determinada coisa, estilo, trecho de outro funciona.
Terron fez uma mesclagem de informações reais e ficcionais que o leitor não
consegue separar as duas. Em todas as histórias o Tesseract aparece como sendo
o fim de todos, e ainda os sete selos, como no Apocalipse.
Aqui vemos as sete histórias,
dos sete encontros como a abertura dos sete selos do Apocalipse, Lúcia que é a sétima
história seria o selo das sete trombetas dos sete anjos e o Juízo Final, já que sua
história encerra o livro com o número 0. Aqui se percebe o significado da
numeração de cada um dos capítulos. Conclui-se, portanto, que a
intertextualidade utilizada no livro se refere tanto as histórias reais que
cada nome de personagem carrega e os seus encontros, como na questão da
organização do livro e como todas essas histórias se conectam entre si.
Referência
e Linguagem POP
Seguindo
a teoria de Gérard Genette na obra Palimpesesto
a qual explica a questão da Hipertextualidade. Terron se apropria de
palimpsesto ou hipertexto, pois seus personagens
são conhecidos na Literatura e ao mesmo tempo que homenageia esses nomes ele
faz uma narrativa entrelaçando e relacionando-os e cria uma obra completamente contemporânea, já
que há uma crise do esgotamento, usa essas referências para que o público
leitor tome conhecimento de quem são esses personagens e e o período que está
inserido cada um. Isso faz com que o leitor pesquise e amplie seu conhecimento
junto à essa obra. Para Genette esse recurso na literatura é chamado de segunda
mão, ou palimpsesto que é um pergaminho cuja primeira inscrição foi raspada
para se traçar outra que não esconde de fato, de modo que se pode lê-la por
transparência, o antigo sobe o novo.
O
romance Não Há Nada Lá, inicialmente pode
parecer confuso devido a organização dos fatos no tempo e a numeração dos
capítulos não serem linear. Os contos que compõe a obra podem ser lidos tanto
independentes que faram sentido, como em conjunto onde um complementa o outro. Ademais,
pode se tratar de uma metáfora da própria escrita ao disfarçar o que está escrito
e isso podemos observar no próprio título que não vem como título, e sim como
não título, que nega a existência de algo lá, e também a imagem de algumas
palavras um pouco turva simulando um disfarce da escrita e talvez uma espécie de
embriaguez ou delírio do poeta ao escrever, mostrando que há um
estereotipo de que o poeta escreve somente por inspiração, que não há um
grande trabalho em selecionar as palavras certas.
E outro fator importante é a imagem do tecerat que está na capa do livro que
mais se parece com um jogo de quebra cabeça e se apresenta em quase toda
narrativa sugerindo para o leitor pistas de como a escrita pode ser reinventada
e aceita pelo público.
Assim
como a escrita, as composições também passam por esse processo de reinventação
e o mais importante, é conseguir alcançar o sucesso, dentro da obra Não Há Nada Lá o conto que fala do
Torquato Neto refere-se à escrita, já que Torquato era um compositor e poeta do
período da Tropicália, as pistas deixadas na escrita mostra a situação
preconcebida de como seria o cotidiano de músicos e poetas compositores que
viviam nesse período. No conto Torquato vivia entre os Hippies onde o uso de
drogas e álcool era comum. Ademais o encontro com o grande Guitarrista talvez
seria a chave dessa reiventação musical, pois o famoso guitarrista
norte-americano Jime Hendrix com um legado de conhecimento seria uma ótima
referência e essa mistura de cultura só
viria a somar, passaria por um processo antropofágico que adere ao existente e
codifica em algo novo e alcançar a aceitação do público.
[1] Acadêmica do curso de
Letras, resenha apresentada como pré-requisito para obtenção de nota parcial
para a conclusão da disciplina de Literatura Brasileira V, ministrada pelo
professor Romulo Giácome de Oliveira Fernandes.
[2] Acadêmico do curso de
Letras, resenha apresentada como pré-requisito para obtenção de nota parcial
para a conclusão da disciplina de Literatura Brasileira V, ministrada pelo
professor Romulo Giácome de Oliveira Fernandes
[3] Acadêmica do curso de
Letras, resenha apresentada como pré-requisito para obtenção de nota parcial
para a conclusão da disciplina de Literatura Brasileira V, ministrada pelo
professor Romulo Giácome de Oliveira Fernandes
[4] Docente da Universidade
Federal de Rondônia e orientador e organizador do trabalho.
[5] TERRON, Joca Reiners. Não há nada lá. São Paulo: Má
Companhia, 2011. Disponível em: <http://lelivros.love/book/baixar-livro-nao-ha-nada-la-joca-reiners-terron-em-pdf-epub-mobi-ou-ler-online/>.
Acesso em: 10/2018.
[6] TERRON, Joca Reiners. In:
ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú
Cultural, 2018. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa416160/joca-reiners-terron>.
Acesso em: 05 de nov. 2018. Verbete da Enciclopédia.
[7] TEZZA, Cristovão. O Terceiro
Segredo de Fátima. Revista Cult. nº 54.
2002. Disponível em: <http://www.cristovaotezza.com.br/textos/resenhas/p_0201_cult.htm>.
Acesso em: 18 nov. 2018.
[8] JAMESON,
Fredric. Trad. Dantas Vinicius. Pós-modernidade e sociedade de consumo. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo n.° 12,
pp. 16-26, jun. 85. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2918778/mod_resource/content/1/516_13_base_JAMESON_%20pos%20modernidade%20e%20sociedade%20de%20consumo_novos%20estudos.pdf>.
Acesso em: 12 nov. 2018.
[9] GENETTE, Gerard. Extratos
traduzidos do francês por Luciene Guimarães e Maria Antônia Ramos Coutinho. Palimpsestos a literatura de segunda mão.
Belo Horizonte, Faculdade de Letras, 2006. Disponível em: <https://rl.art.br/arquivos/6176952.pdf?1517569658>.
Acesso em: 12 nov. 2018.
[10] ASSOCIAÇÃO PÚBLICA
INTERNACIONAL DE FIÉIS. Aparições de Nossa Senhora. Disponível em:
. Acesso em: 05 de
nov. 2018.
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