INHOTIM: O MAIOR MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA A CÉU ABERTO DO MUNDO
PASSEIO SEMIÓTICO PELAS OBRAS DO INHOTIM
BY Rômulo Giacome
O Museu Inhotim está localizado no Município de Brumadinho, Minas Gerais. Ele é um museu de arte contemporânea, ao ar livre, que apresenta obras dispostas em instalações e galerias, interagindo com paisagismo, botânica e natureza.
Não existem muitos museus iguais ao Inhotim. Podemos afirmar que ele seja único. Não só pela proposta, mas pelo diálogo entre sistemas comunicativos tão expressivos: o paisagismo da natureza e os recortes arquitetônicos do homem em expressão artística. Desta confluência brotam experiências visuais belíssimas.
Abaixo, faremos um passeio semiótico por sobre alguns ângulos deste maravilhoso parque / museu, explorando a leitura semiológica de alguns diálogos expressivos.
A superfície lisa da grama em diálogo com a lisura do lago; superfícies icônicas; a instalação e suas cores básicas surge como símbolo da arte; as árvores brotam como índices da presença ereta da natureza.
Os espaços vazios da área que circunscreve a obra; a moldura icônica; o movimento indicial das estátuas, vivas compondo um código simbólico da existência.
Os caminhos levam à familiaridade, marca falsa do índice; perdidos e desmembrados no espaço estão as árvores e a presença humana do amarelo e laranja.
A presença humana: em pé, parecendo estáveis, mas na realidade soltas em índices de estabilidade.
Transparências em diálogo: paredes e formas angulares; a liquidez do ícone; a solidez do índice;
O amarelo em oposição; totens modernos que deflagram cor e forma; monumentos semióticos dispostos organicamente.
As galerias enterradas na natureza: o código da construção e arquitetura humana e natural.
Ângulos de movimento: índices de humanidade no bronze.
O palco contempla a plateia líquida;
Futurismo e futebol: os símbolos se cruzando e se dissipando; símbolos indiciais que significam e não significam. Bola / câmara do futuro.
O paraíso tem seu banco de descanso; um jardim repleto de símbolos temporais; templárias árvores e bancos onde gigantes sentam; a orientalidade enquanto prisma simbólico desta instalação.
Ângulos retos que se comunicam em planos diferentes; o espelhamento das formas proporcionam o cruzamento de novas linhas; o ícone se estabelece no design;
O ângulo do infinito permite fusões perfeitas entre formas; permite a combinação de diâmetros e perspectivas grandiosas;
O ímpeto de encontrar no meio das folhas o monumento perdido; a ruína inca perdida por algum sumério e fenício andarilho em solo mineiro; esta grande arte da chegada na arquitetura monumental;
O Vermelho que irradia e o signo icônico explodindo e manchando as paredes;
Um Pollock; simplesmente um Pollock onde deveria estar; solto na vida; flanando suas asas de modernidade;
Uma instalação Maia, na selva indígena que choveu até inundar. Belíssima instalação moderna, que desponta no meio da selva.
O Vermelho que irradia e o signo icônico explodindo e manchando as paredes;
Um Pollock; simplesmente um Pollock onde deveria estar; solto na vida; flanando suas asas de modernidade;
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