VIAGEM CUSCO, MACHU PICCHU E LAGO TITICACA (06/JULHO/2013): ESCALADA AO HUAYNA PICCHU - VIA ACRE


By Rômulo Giacome

Esta viagem ocorreu em Julho de 2013 e estava relatada no site Mochileiros.com

Como estou inaugurando a seção Viagens de Carro aqui no TEOLITERIAS, decidi transportá-la para cá, com vistas a eternizar um momento tão especial quanto foi esta viagem. Segue a transcrição integral do relato, com o incremento de alguns vídeos. 



Pessoal, ansiei por este momento de relatar minha tão sonhada viagem para o Peru e sinto que não me arrependi de ter planejado exaustivamente; Gostaria de dividir algumas dicas atualizadas sobre a viagem que possam contribuir para com os colegas mochileiros;

Já deixo aqui dois links do meu blog sobre questões históricas e semióticas que vi em Cusco, principalmente da cultura Inca; se alguém se interessar por antropologia / simbologia / história, fiz dois textos sobre o turismo histórico em Cusco, com locais e elementos a serem observados. 

Matéria I http://teoliterias.blogspot.com.br/2013/07/turismo-cultural-em-cusco-simbologia-e.html

Matéria II http://teoliterias.blogspot.com.br/2013/07/cusco-simbologia-historica-quase.html

Em primeiro lugar, vou fazer um outro tópico sobre a viagem de carro entre Assis Brasil e Cusco, chegando em Puno; vou abrir um tópico específico para esta viagem na área de Viagens de Carro, pois tem dicas específicas para os motoristas; aqui falarei da minha mochilagem, com minha esposa, por Cusco e região, uma vez que deixei o carro guardado e fiz quase tudo de mochila; (na subida pela cordilheira segue este vídeo, uma forma de captar parte de como é esta subida maravilhosa). 




A chegada em Cusco foi meio atropelada; o trânsito é caótico e a chegada na Plaza de Las Armas foi meio no susto; mas lá chegando o carro estacionou na praça onde não mais saiu; ficamos em um hostel bem no centro, pertinho do hotel Monastério, que é um excelente hotel cinco estrelas



SEGUNDA-FEIRA (08 DE JULHO)

Bem, dando sequência ao relato, cheguei em Cusco com uma leve dor de cabeça, que mais tarde tornou-se bem forte. Mas não foi motivo para desanimar. Saímos, estava bem frio, para comer e e fomos direto ao La Cicciolina; mas estava muito cheio e nos encaminhamos ao Baco; comemos uma Pizza muito gostosa e experimentamos o(a) Pisco Soul; maravilhoso; realmente a nossa primeira experiência culinária em Cusco;

Voltamos para o hotel e fomos dormir; a minha cabeça latejava (dirigir o dia inteiro e mal dos andes); conseguimos fechar o Hostel por 80 soles o casal; quarto legal e bem no centro; mas sem arrumação de cama; o café da manhã era um leite muito gostoso (leite vaporizado Glória) e um bom café preto, mas só pão e geleia. 

Saímos o primeiro dia na Plaza de Las Armas e muitas fotos; belíssima e histórica; linda paisagem kitsh que povoava meu imaginário; fui abordado por um vendedor que se disse pintor de quadros; comprei duas telas por 70 soles; uma a óleo e outra em aquarela; depois descobri que paguei caro; tinha mais barato; mas para mim foi o preço mais que justo; belíssimas telas feitas a mão;

Saímos para o Mercado San Pedro; sensacional; os artesanatos e as comidas; insanas; claro que não comeríamos por lá; compramos umas bonecas peruanas com crianças no colo; achamos que a imagem que levaríamos de Cusco era aquela: as mães peruanas e suas lindas crianças; comovente; almoçamos em um restaurante com uma bela vista para a praça; menu turístico e aproveitamos para experimentar a sopa de Kinoa e o Lomo Saltado; bom; a sopa sim, surpreendente; ainda tomamos um belo suco em uma lanchonete de sucos na ida ao Mercado San Pedro; suco delicioso; 
 Falen Angel


 Mercado San Pedro




De volta ao hostel, a noite nos aguardava; decidimos conhecer o Fallen Angel; restaurante insano, com arte moderna, pós-moderna e arte decó. Um pouco carinho, mas compensa. Comemos o Ceviche e achamos muito apimentado e azedo; mas carne crua de peixe é o que há; rsrs; gastamos 90 soles e fomos com amigos do Brasil que fizemos no caminho para o Mama Africa. Lugar legal para solteiros; gostamos também porque nos divertimos; tomamos umas cusquenhas, que achei bem caras aqui em Cusco; de 6 a 7 soles a garrafa;

Fomos embora felizes da vida e cheio de fotos e lembranças.
Indico muito ir ao Falen Angel; mesmo que seja para tomar apenas uma Pisco Soul; o local é um museu moderno; bebida em Cusco é bem caro; o menu turístico ainda compensa muito; entrada, que pode ser sopa; prato principal e sobremesa; além da bebida; pechinche uma Pisco Soul dos caras que abordam na rua;

TERÇA-FEIRA (09 DE JULHO)
O dia começou tenso;;; pensei que tinha "backupeado" as fotos da noite anterior e deletei todo o cartão da câmera principal. Caramba. Fiquei igual a um doido procurando um software que recuperasse; encontrei um software, o Micro Sd Recovery, que salvou minha vida. Tomamos o café clássico, com aquele leite sensacional, e saímos a toda rumo à Salinas de Mara e os círculos de Moray; embarcamos no ônibus e o nosso guia chamava-se Eric; chegamos em Chinchero, uma típica comunidade especialista em fazer trabalhos têxteis com lã de lhama ou alpaca; as artesãs nos ensinou a fazer a tintura; depois nos ofereceu os produtos; claro que sei que é uma articulação comercial; mas neste jogo comercial estamos todos, não podemos nos isentar; no geral gostei; mas gostei mesmo de Moray; me fez pensar, enquanto estávamos no caminho, na questão da propriedade no Peru; quase não tem cercas; os terrenos são pequenos para cada agricultor; a terra é árida e merece muita tecnologia Inca para produzir.






E é isto que é Moray; um maravilhoso celeiro com muros de contensão, contendo alturas diferentes, criando climas diferentes; é majestoso, grandioso e fotogênico; esteticamente perfeito; o nosso Guia Eric iniciou sua fala explicando da relação entre o três e a cruz andina; que também é composta de três degraus em cada vértice, formando doze espaços; dali já nasceu minha boa relaçao mística com a cruz andina; ele não é um amuleto comum; ele é um amuleto com um princípio geométrico e numérico bem definido; não é passivo de interpretações casuais; é objetivo; 

Fotografias e nos encaminhamos à Maras, as salineras; uma nota antes: quase morri para descer Moray e subir; pensei que talvez a ideia do Wayna não fosse tão oportuna; Wayna ficou em minha mente como um desafio físico real;
Bem, enfim chegamos em Maras; a chegada já é insana; um penhasco com um estradinha que passa bem pertinho de cair, já é uma emoção chegar e fotografar no momento oportuno; temos uma visão privilegiada de Maras.



O guia explicou o processo de salinização e a importância daquele fiozinho de água salgada que forma todos os tanques; cada tanque ou piscina de sal tem a dimensão proporcional a da família; lindas fotos são possíveis; saímos do passeio já era 14:00 horas; estávamos famintos; a expectativa é comer no restaurante Fuego and Barbecue, acho que o nome é esse; ele fica no andar superior, na Rua de baixo da Plaza de Las Armas, pertinho do Mama Africa. 
Comemos as famosas costeletas de porco ao molho Barbecue; elas tem duas configurações: Texano e outro que não me lembro agora; sei que pedimos o menos picante, com mel; muito bom; duas costeletas e refrigerante ficou em 91 soles, no cartão; salgadinho (a conta, claro);

Nosso dia estava quase completo, e íamos para o hotel quando decidimos conhecer a pedra dos doze ângulos; conhecemos a pedra dos treze ângulos e muitas outras, em um relato simbólico / histórico que fiz no blog TEOLITERIAS, que já está linkado na primeira postagem; comprei um Quoricancha de bronze em uma lojinha na frente da pedra dos treze ângulos; no fundo do palácio Inca Roca vimos uma lojinha que vende all stars com temas andinos; show de bola; mas achamos meio "free" demais para o brasil; 



Acabamos este dia comendo na grata surpresa La Bodega; uma pizzaria show de bola, com uma decoração rock / pin up massa; comemos uma pizza exuberante e pagamos apenas 30 soles; valeu demais a pena; é bem pertinho da plaza de las armas, mas na rua que passa na frente do Hotel Monastério; indico a todos esta pizzaria. Lembrem do nome: La Bodega. 

Bem, fico por aqui. Continuarei com a quarta-feira em cusco...

GUIAS TURÍSTICOS E RELATO DE QUARTA-FEIRA (10 DE JULHO)

Bem, antes de relatar a quarta-feira em Cusco, é importante comentar sobre a minha experiência com os Guias Turísticos; a primeira experiência foi com o Rolando, da Pumas Trek; indico este guia e esta agência, como já referendada aqui no site mochileiros. Como sempre ficamos muito preocupados com tudo antecipadamente, é natural que nos sentimos ansiosos em agendar tudo. A minha experiência sugere o seguinte: agende antecipado se for subir o Wayna; caso contrário pode fazer tudo por aqui mesmo; como sou muito ansioso agendei tudo com antecedência com o Rolando; ele foi muito atencioso, tanto aqui como lá em Cusco; nos recebeu sem surpresas e nos levou para explicações e comprar o boleto turístico (essencial); segue seu e-mail: 

Rolando Auccapuri I. 
Guia oficial de turismo machupicchu-peru ub81_wayra@hotmail.com

Uma outra dica é procurar o guia Juan Alberto, próximo à pedra dos doze ângulos; o relato dele e as demonstrações nas pedras, além das informações pela praça e adjacências foi essencial para fortalecer nossos laços culturais com a cultura Inca. 



Bem, ao adentrar à Catedral principal é fundamental um guia; muitas informações essenciais só são obtidas por aqueles profissionais que já atuam; óbvio que uma leitura antecipada é crucial; a Igreja é muito importante para o Barroco e arte renascentista de vocação religiosa; portanto a visita a esta Catedral é essencial. 
Voltando ao relato, a quarta-feira foi marcada pelo City Tour; ele começaria às 14:00 horas; assim, teríamos tempo de comprar algumas coisas para levar para o Machu Picchu; em uma rua paralela à Avenida El Sol tem um supermercado; mas antes fomos ao Mercado San Pedro comprar mais algumas bonecas; aproveitei e comprei uma boneca de Lhama bem bacana; nesta mesma rua do mercado, encontramos uma loja chamada Tiptop (tipo C&A); nela comprei minha única jaqueta (estilo Jaspion/motoqueira resistente ao vento e frio) que melhorou meu conjunto de roupas, composto por apenas: sweter + fleece + luvas + gorro andino do Chaves; bem, mas para Cusco creio não ser preciso muito mais; mas para Puno, aí sim; 

Resolvidas as questões de compras, fomos procurar algum restaurante legal que atenda no cartão; como nosso dinheiro em espécie era limitado ao fato de que não teríamos como sacar lá, sempre demos preferência ao cartão de crédito; fomos abordados na rua e entramos em um restaurante bem em frente à Plaza; também no primeiro andar; a Helem queria comer espaguetti; eu queria uma Parilla; havia parrilla de dois tipos: a de carnes andinas (alpaca, Cuy etc) e a normal. Pedi a normal. (ainda não dava para ousar); a Parilla estava deliciosa; o Espaguetti também; no total foram 65 soles, para minha Parilla, que dava direito ao Buffett de salada e ao Menu turístico da Helem: sopa crioula + Espaguetti + sobremesa + suco; ali que conseguimos conversar com nossa funcionária pela primeira vez; ela estava com a Lívia, nossa Bebê de um ano e seis meses; conversamos pelo facebook; indico comprar um chip Peruano da Claro. Com ele você tem um bom acesso à internet e pode se conectar até em Machu Picchu; além de ser bem barato; 

dica: mesmo se você não goste, tome a sopa crioula; é bacana; 

Dali fomos conduzidos pelo Rolando ao nosso City Tour; o guia era o Julio Cezar, um guia muito bom, mas tinha a dificuldade de atender tanto em espanhol como em Inglês, o que tornava cansativo as informações; na próxima postagem falarei do que acho interessante olhar no City Tour; também das dificuldades e dicas imperdíveis; até logo... 


DICAS IMPORTANTES PARA O CITY TOUR (E OUTRAS NEM TANTO)

Como relatado anteriormente, fiz o City Tour em uma quarta-feira; foi muito especial, porém muito corrido; é contraditório eu ter feito o City Tour por empresa se eu estava de carro lá; deveria ter ido com o carro aos locais; mas valeu para uma próxima experiência: antes de tudo: leve mais blusas de frio do que o normal; o negócio vai ficando frio ao avançar do City, que termina bem tarde; 


1. KORICANCHA --> Local muito especial, onde começa o City Tour; mas muito lotado; você tem que pagar 10 soles para entrar; é importante prestar atenção nos acabamentos em pedra, a forma geométrica perfeita com que dimensionaram e poliram as pedras; fique atento à explicação do guia quando chegar no mural em ouro (réplica) que aborda a mitologia Inca; é muito interessante compreendê-la; a importância do sol, natureza, montanhas etc. além disso, prestar atenção à relação entre as constelações de úrsula maior e o vale sagrado; merece uma ida depois, em outro horário, com menos pessoas; acaba ficando muito lotado;



2.SACSAYHUAMAN --> Local interessantíssimo e muito importante; aqui uma dica; já come o "choclos", milho gigante com queijo; iguaria deliciosa e dificílima de encontrar em outros lugares; não fique limitado ao guia; as informações que ele te trará são facilmente encontradas em bons artigos na Net; leia antes de fazer o City (obrigação do bom turista); lá chegando, já vá explorar, fotografar, sentir a energia deste local enorme e encantador; tudo nele é grandioso, as dimensões, espaços, pedras, formas; exuberante; talvez uma das grandes atrações Incas;



3. QUENQO --> O lance de Quencho é o túnel na rocha e a mesa de sacrifícios; provavelmente ela sobreviveu em função de estar escondida; os espanhóis destruíram qualquer referência aos sacrifícios no império Inca; 

4. PUCA-PUCARA - Local que eu não entendi bem o sentido; merece uma pesquisa mais aprofundada; é uma oportunidade de comer mais um milho gigante com queijo.

5. TAMBOMACHAY -Infelizmente este local foi o último; uma pena; belíssimo local; místico, pois relaciona água e elementos geométricos caros aos Incas; como os portais pequenos e grandes; bem feitos e bem polidos; fotografe estes portais; fotografe logo pois anoitece rápido; as dicas do guia são relevantes; nesta altura do City Tour vocês estará bem cansado e com frio; 

Em suma, é um passeio longo e muito interessante; torna-se cansativo se você não estiver preparado; leia antes sobre as atrações para entender seu significado; (continua)

VALE SAGRADO, ÁGUAS CALIENTES E MACHU PICCHU 

Os preparativos para este dia foram os seguintes: sairíamos para o passeio ao Vale Sagrado e às 16:00 pegaríamos o trem em Olantaitambo; chegaríamos em Águas Calientes e nos hospedaríamos no Pumas Ink; lá encontraríamos o Guia que nos passaria os procedimentos; levamos uma mochila leve, com roupas, e outra média; levamos um pouco de comida comprada em um mercado de Cusco; na moral, acho desnecessário; leve alguns petiscos. No retorno à Águas Calientes você almoça lá. Ou tire a mão do bolço e almoce lá em Machu mesmo; não conheço o restaurante, mas você acabou de conhecer a sétima maravilha da humanidade, deve estar de bom humor

Bem, este dia (Quinta) nos reservava muitas surpresas; a primeira foi esquecer os passaportes no hotel bem na hora que o passeio para o Vale Sagrado saia; foi terrível correr até o hotel naquela altitude; mas consegui ::otemo:: 
o Rolando estava lá como o combinado, de frente a Pumas Trek; nos entregou tudo e explicou tudinho; embarcamos no ônibus e fomos entender porque é Vale Sagrado;
Muita agricultura e literalmente um vale em que percorre o famoso rio URubamba; sensacional; uma espécie de vale do Nilo, fértil, imbricado pelo Rio; da janela víamos a importância e imponência da agricultura para os Incas; zonas férteis alagáveis pelo rio; realmente os Incas sabiam o que adorar; adorar a natureza e o alimento é algo crucial. Chegamos em Pisac (antes paramos em um mirante para fotografar o Vale Sagrado); Lá em Pisac tem uma feirinha interessante; mas os preços são bem semelhantes aos de Cusco; 



Dica: Eles nos deixam em uma loja que vende prata; do ladinho dela tem uma galeria simples que tem uma loja que vende objetos de pedra; lá compensa muito comprar uma lembrança; comprei uma trilogia inca sensacional por 10 soles; em Aguas Calientes estava 70 soles



Na sequência subimos a Pisac; um antigo local de armazenamento, estocagem e laboratório de plantio de milho e batata; na verdade, o Império Inca foi todo construído não sobre o poder das armas, mas sim sobre o poder dos alimentos; em Pisac tudo é muito grande, legal e tecnológico (na medida deles). Não deixe de fotografar os buracos que os espanhóis fizeram ao roubar as múmias; 

















O próximo passo era Ollantaitambo; que lugar heim? achei o que eu queria, minhas rochas lisas e perfeitas organizadas em forma de templos, feitas em consonância com o solstício; só que é lá em cima; você deve estar bem preparado para subir as pedras de Olanta; a subidinha é bruta; mas ali é muito sagrado; é o encontro de três vales, pega um vento danado; há, deixamos nossas mochilas em um café que cobra dois soles; é importante porque subir com a mochila nas costas não é legal;







Depois de contemplar a beleza de Olanta, descemos os vários degraus e pegamos nossas mochilas; pagamos e fomos em direção à estação; ao atravessar a ponte, intui que era um pouco longe e decidimos ir de moto-táxi, uma espécie de motoneta com cobertura; pagamos 1 sole e chegamos rapidinho na estação; valeu a pena porque realmente era longe; ao chegar na estação e ver os trens, ficamos bem excitados com a ideia de Machu Picchu; fotografei pelo celular e postei no facebook (rs)




A viagem de trem foi muito bonita e confortável; as paisagens são exuberante; o rio circunda integralmente a linha férrea e nos acompanha até Águas Calientes com suas águas azuis; do outro lado as montanhas e seus picos nevados; tentei filmar com a gopro, mas a deixei ligada e acabou a bateria; viajavam conosco um casal de franceses e um casal de italianos, separados ironicamente pelos números 19 e 20 das poltronas, que estavam em vagões diferentes











Ao chegar em Águas Calientes uma louca surpresa; cidade massa, sem carros e parecida com a Tailândia; bem turística, com muitos restaurantes; mas bem pequena; tomamos um bom banho e já fomos inspecionar esta interessante cidade. Procuramos aquilo em que somos melhores: comer. Muitas opções e a preços não tão caros


Encontramos um restaurante com um preço atrativo, na rua principal, logo depois do hostel: comemos o menu turístico (ceviche, lomo saltado e panqueca de chocolate de cobremesa). O ceviche é muito azedo e a panqueca ruim. Pagamos 20 soles. Passeamos pela cidade e logo fomos descansar, porque no outro dia era preciso acordar cedo. Tínhamos que nos encontrar com o guia às 7:00 da manhã, lá em cima, na porta de Machu. 
Bem, no outro dia, acordamos bem cedo; nem comi nada, de tanta ansiedade; pegamos o ônibus às 6:00 em ponto; subimos a montanha e a ansiedade subindo; chegamos nos portões de entrada e nada ainda de ver Machu Picchu; ele só foi aparecer para a gente quando atravessamos a portaria; aí ele se manifestou; deslumbrante; a única coisa que queríamos era bater "aquela foto";




















Eu indico que, fazer a subida ao Huayna e contemplar minuciosamente Machu Picchu é complicado; subi no Huayna e só foi alegria (próximo relato) no entanto, deixei um pouco detalhes que gostaria de ver em Machu; sei que vou retornar; lá é realmente mágico.

A SUBIDA NO HUAYNA PICCHU

Escolhi subir no segundo horário, porque fiquei escutando as dicas do guia que nos acompanhava; mas a ansiedade me fez ir ao portal da montanha antes. Cheguei lá e já se encontravam muitos gringos jovens esperando abrir o portão para subir; fixei a gopro de uma maneira que ela filmasse em primeira pessoa (fixei na testa rsrsrs) por um suporte que vem no kit motosposrt. Dali iniciei a subida; o engraçado é que quando você inicia a subida, você desce; onde é justamente a travessia de uma montanha para outra, a partir de uma depressão; bem, após essa descida, o negócio pega; subida semi-íngreme até culminar no mais heavy; o momento que as escadas de pedra tornam-se mais íngremes. Não senti cansaço em relação a altitude, e nem em relação ao esforço; creio que o que mais cansa são os joelhos e pés; você deve estar com um calçado bem estruturado e não derrapante; a minha bota Hitec foi fantástica; deu conta do recado; encontrei um senhor brasileiro que morava em Curitiba; ele estava com seu filho; fizemos amizade e subimos juntos; de repente chegamos em um nível que dava excelentes fotos; era uma espécie de sacada, onde são feitas as principais fotos que vemos pela net; claro que com o apoio do amigo brasileiro também fiz essa foto








Mas deste ponto ainda não estávamos no topo; era preciso subir um pouco mais; então mais umas escadinhas de média periculosidade, a travessia de uma pequena gruta, onde temos que nos abaixar para passar (quase aranhei minha câmera) e de repente estávamos no topo; bem lá em cima mesmo; lá tem um certo perigo, pois o local não tem aparatos de segurança; é extremamente fiel aos tempos incas

A descida de tudo isso foi um pouco demorada, pois força bastante o joelho; um mínimo de preparo físico é recomendado. retornei já era mais de meio dia; encontrei a Helem na entrada e fui carimbar meu passaporte; afinal de contas, estávamos em Machu Picchu, solo sagrado dos Incas e do turismo de aventura. 
As 14 horas pegamos uma van que iria descer para Machu Picchu e esperarmos o horário do nosso trem. Ficamos em Águas Calientes a tarde inteira; comemos uma pizza em um dos vários restaurantes exóticos que lá existem; depois saímos em busca de bibelôs nas várias barracas e lojinhas; comprei uma mini-muralha de pedras de Machu Picchu por 10 reais. achei top. às 19 horas pegamos novamente o trem e só paramos em Ollantaytambo; indico muito um pernoite nesta cidade; ela tem atraçoes bacanas, bem como ruínas insanas; além disso tem a descida de bike da montanha, que dizem ser top; na próxima ida explorarei melhor esta cidade


Em suma; o retorno para Cusco foi com aquela sensação de vitória, alegria extasiante, euforia que só certas emoções podem convergir em nosso ser; Ainda comemos na nossa pizzaria favorita, La Bodega, uma deliciosa pizza de peperoni; só saudades; 

VIAGEM A PUNO: LAGO TITICACA

Neste dia já iríamos nos despedir de Cusco; ajeitei as malas no carro e fizemos o check out em nosso bacaninha hostel MixPeru; demos partida no carro (alegria de ouvir o motor) e fomos pegar a estrada para a chegada em Puno; de Cusco a Puno são aproximadamente 430 km; mas antes tínhamos que passar em duas igrejas; estas igrejas são aconselhadíssimas, pois fazem parte da rota do barroco andino; são construções importantes para o Barroco, tanto por sua riqueza material quanto pela chamada arte cusquena, que criticava a igreja dentro da própria igreja, como é o caso dos murais de Tadeo Escalante. A primeira é Andahuaylilas. Sua riqueza material é estonteante, por apresentar muito ouro, arabescos e sacadas sacras lindíssimas. Tinha turistas de várias partes do mundo lá. A segunda Igreja era o meu chodó. A Igreja de Huaro, um pouquinho depois da primeira cidade. Lá estão os famosos murais de Tadeo Escalante, professando uma espécie de vingança dos Incas aos espanhóis, dentro da própria Igreja.




Depois deste tour literário / histórico, voltamos para a estrada; esta rota entre Cusco e Puno é maravilhosa; tem muitas atrações e algumas delas conseguimos apreciar, como é o caso de La Raya. Por outro lado, algumas belezas passaram ao largo, pois estávamos com pressa e acabamos por não parar.

há, neste momento estava dirigindo em direção à Puno; já eram 9:00 horas da manhã e tínhamos muitos quilômetros para percorrer; um detalhe importante é o tanto de cruzes dispostas na beira da estrada; será que eram os acidentes? bem, e eram; bem a frente um acidente entre duas carretas; sinistro; passamos por uma cidade, que creio ser Sicuani; bacana demais, mas bem movimentada, onde tinha uma feira no centro; depois de Sicuani, chegamos em La Raya, onde é possível ficar a mais de 4400 metros de altura; bem gelado e bem próximo da cordilheira; ali haviam bancas que vendiam produtos, provavelmente para a parada dos ônibus de turismo; mais a frente, parei em um pequeno comércio e comprei um refrigerante Crush; pensei que nem tinha mais; o interessante é que o refri estava quente; na verdade, não gelado artificialmente, mas sim pelo clima frio rsrsrs
O que cito como relevante nesta viagem até Puno de Carro é tomar cuidado com Juliaca; o trânsito é caótico e a cidade é suja; infelizmente, uma constatação; de algo muito dito por aqui; 
Chegamos em Puno já perto das 14:00 horas; passei em um mirante mágico ao lado do lago Titicaca e fiquei triste por não ter parado; daria uma fotografia ótima; perdi, pois voltamos de madrugada;
chegamos em Puno, bem no centro, de fronte a catedral; estacionei e procuramos hotel / almoço; achamos uma agência de turismo bem no centro (aquela clássica rua sem passagem de carro com vários restaurantes e movimento noturno); Puno é bem frio; já naquela hora, já estava meio frio; na agência de turismo agendamos o passeio a ilha de Uros no centro do lago; o passeio sairia à 15:00; fechamos por 40 pesos; tínhamos que encontrar hotel e almoço; achamos um hotel pertinho, com estacionamento; guardamos o carro e fomos almoçar; pedimos um menu gastronômico em um local bacana; meio que apressado, comemos e já saímos para o passeio;






Muito se fala da ilha de Uros e das comunidades "fake" lá alocadas e feitas para agradar turistas; não vejo assim.pegamos o barco e achei o lago lindo; belas águas e um espírito louco; uma vibe alucinada de estarmos em pleno lago titicaca; chegamos na comunidade, assentada sobre as estruturas das ilhas flutuantes; nos recepcionaram de modo amável; levou-nos a conhecer as habitações e os locais de compras; achei tudo o máximo; mágico do mesmo modo; não é porque não existem mais os negros originais que Ouro Preto perdeu seu encanto; ainda podemos escutar os gritos da escravidão por ali; agradeço a eles por manterem a tradição, ajudando-nos a manter a memória; como podemos retribuir? pagando. pagando sim. chegamos em Puno bem a noite; estava bem frio. jantamos um gostoso jantar a partir de menus prontos, e fomos dormir para sair cedo no outro dia; mal saíamos as surpresas que nos esperariam; e que surpresas, rsrsr

Sobre Puno? cada experiência é individual. para mim, Puno merece uma visita sim; as ilhas de Uros são legais e esteticamente belíssimas, extremamente artísticas; belas fotografias; Puno é movimentada; levemente desorganizada, mas intimamente ligada ao lago; amamos sim; dirigi 800 km somente para esta tarde; algumas horas na verdade; não me arrependi. 

















Abaixo um pequeno vídeo / clipe sobre a ida ao Lago Titicaca e Puno, bem como visita à ilha de Uros. 







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