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Mostrando postagens de 2010

POEMAS (By Rômulo Giacome)

REPUBLICANDO TEXTOS (Safra 2003, 2004 e 2005) Uma linha na solidão branca; Nos sonhos leves delírios; Neves vivas olhos em sangue; Lírios em mim em nós; Por todo o corpo um cheiro azul; Espalhando escamas no rosto branco da musa; Não; não existem idéias; palavras tem cheiro; e nada mais Estão escassas as ruas nuas ainda que vão; Quem me disse da estruturas ou das escrituras? Louvado seja eu, que nasci escrito; Apenas uma linha na solidão branca; (Rômulo Giácome - 2004) O fogo repleto em um espaço incerto Inseto morto no cume da água queimava mais que lágrimas No tato incerto de uma língua fogosa Vagando Moribundo Marimbondo tocando a ponta do teu começo Trombone d´água rugindo nua Dizendo sempre: tua, tua. Mas é por demais assim Um inseto morto no leito d´água Lançando fogo no olhar sedento Sede queimando o momento Sede de tempo e de vento. (Rômulo Giácome – 2003) procuro um estado onde a palavra não trema o som não saia e não pingue em mim um clarão de luz procuro um estado onde

FORMATURA DANIEL BERG: TERCEIRO ANO PLUS

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SET LIST DAS MÚSICAS DO "CD LEMBRANÇA" AOS MENINOS E MENINAS DO TERCEIRO ANO PLUS DA ESCOLA DANIEL BERG Comentários preliminares Como disse certa vez o poeta chorão: " Só o que é bom dura tempo o bastante pra se tornar inesquecível"; Toda a segunda, bem cedo, eu tinha um contrato com a escola; depois, tinha um contrato com a literatura, depois um contrato com um grupo de meninos e meninas inteligentíssimos que discutiam coisas loucas e ensandecidas, um mundo de coisas legais. Não pensava que esta experiência com a garotada pudesse me melhorar tanto; talvez tivesse perdido alguma coisa já esquecida nos trinta e dois anos de pó; talvez o fogo e chama de minhas convicções tivessem ralas e apagadas, mas como brasas, sopros juvenis me acordaram; sei que a única coisa que sustenta um homem são seus ideais; estes ideais esmorecem no decorrer da vida; são claros e fúlgidos na juventude; ralos e apagados no envelhever; um grande homem é aquele que consegue manter viva a cham

poema SENSAÇÕES AO ENTREVER DOS ATOS

SENSAÇÕES AO ENTREVER DOS ATOS (2010) (Poema em homenagem ao 27º aniversário da Helem, minha esposa) Eu não corrompo um pedaço limpo de linho puro a nós prende, ó vida limpa canto de quarto de criança, colcha estampada e lá um nó no coração arredio; amar pleno, no caos espelho de nós, lada a lado, lado nenhum, um, nós uma só coisa pairando sobre o vale profundo enquanto tudo, cabeças e pregos caindo no vácuo do nada e lá de longe luz verdadeira que emana da tua presença digna clara, pele e tez, formas oblíquas, fome! me indigno de corromper este lívido pedaço branco de mim que me prende à vida que se estende por todas as estradas de lama e sujeira, pisadas um pano branco, lenda, leve, nuvem, vela de um barco alado voa por entre certezas absurdas e no

(A)FAZERES E (A)FAZIAS - 360º EM FOTOS

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NESTES ÚLTIMOS DIAS MUITAS COISAS INTERESSANTES NO MUNDO ACADÊMICOS DO CURSO DE LETRAS TEM ACONTECIDO E MERECEM REGISTRO. PRIMEIRO A PARTICIPAÇÃO DOS ACADÊMICOS E EX-ACADÊMICOS DE LETRAS NA JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNESC. OUTRA, A PÓS EM GRAMÁTICA NORMATIVA, UM SONHO REALIZADO, E QUE TIVE O PROVILÉGIO DE MINISTRAR DISCIPLINA DE FONÉTICA E FONOLOGIA. POR FIM, A PARTICIPAÇÃO NO XV SELL - SEMINÁRIO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS - UNIR, EM VILHENA. PARTICIPAÇÃO DAS EX-ACADÊMICAS DE LETRAS E MEMBROS VITALÍCIOS DO GRUPO DE PESQUISA TEOLITERIAS - LILIAN NAITZEL SIRING E ALCIONE GRACIELA MENDONÇA TURMA DE LETRAS REUNIDA; SIMPLESMENTE A TURMA!!!! SIMPLY THE BEST!! LILIAN E A SEMIÓTICA SOB A NOVA VERTENTE; USANDO TAMBÉM GREIMAS E DIVERSIFICANDO A VISÃO NORTE AMERICANA. ALCIONE E A IMPORTANTE TEORIA DA LITERATURA; DIÁLOGOS COM GOSTO E PÚBLICO EM HAROLD BLOOM; CONFRONTOS DE GERAÇÕES LITERÁRIAS; MEUS ALUNOS EM CONTATO COM MEUS DOIS GRANDES MESTRES; INUSITADO E PROVIDENCIAL; AGUINAL

resenha literária - MILTON HATOUM - ÓRFÃOS DO ELDORADO

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MILTON HATOUM E OS ÓRFÃOS DO ELDORADO - UMA SAGA DA MEMÓRIA SOBRE O DESENCONTRO By Rômulo Giácome Órfãos do Eldorado é uma história de desencontros (...). Arminto é um protagonista narrador que busca nos desvãos de sua memória a própria vivência (ou sobrevivência) que exala por um buraco na consciência, jorrando lendas, contos amazônicos, fragmentos de uma cultura ribeirinha aflorada. Arminto é descendente dos Cordovil, raça branca colonizadora e exploradora das margens do rio Amazonas. Seu avô já era um grande explorador,

O CASO TIRIRICA E DILMA ROUSSEF: DEMOCRACIA OU MASSMEDIA?

O CASO TIRIRICA E DILMA ROUSSEF: DEMOCRACIA OU MASSMEDIA? by Rômulo Giacome O que pode ter em comum casos tão díspares? O que a política tem a ver com mídia? Bem, desde que Walter Benjamim e Adorno discutiram o poder da indústria cultural, nunca mais os estudos ideológicos foram os mesmos. E nunca mais conceitos como “povo”, “massa”, “telespectador”, “mídia”, “democracia” foram tão próximos. Nós ainda insistimos em separar coisas inseparáveis: conduta social e mídia; ética social e comportamento midiático; democracia e massmedia; já não existe mais separação entre a conduta individual e coletiva. Já somos frutos de um comportamento cada vez mais determinado pelas formas ideológicas dominantes e por um contrato perverso entre todos. Ficamos cada vez mais parecidos e unânimes nos gostos, modos, crenças e valores. Acabamos, cada vez mais gostando das mesmas coisas. Culturalmente somos uma maioria vazia respingada por multi-midiático. É a famosa e amendrontadora estandartização cultural

PROSA E VERSO: PÁSSARO NO VARAL & REDEMOINHO

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Um pássaro fino, intricado na linha do varal Amarrado a ele o nó do mundo Verdejando e amarelando dores e sofrilégios Abóboda beata do céu ao seu arrebol Voou e cantou em cada varal Assinalando e fechando o nó do presságio e o crepúsculo Na casa debaixo um coro de vozes Na casa bem embaixo No baixio, um coro de vozes grita sonoro Baixo, bem abaixo, mulheres de roupa gritam; E as vozes ecoam em mim a todo tempo; A sombras pairam noturnas no sol do meio dia A dor de cabeça não cessa E a vida deságua no precipício; (Rômulo Giácome, Outubro 2010) Corriam em volta da fogueira e cantavam sem parar. Por detrás da abóbada do céu já aparecia a noite, em turbilhões por sobre as cabeças, em ondas de vento frio e faíscas, cinzas e pequenos insetos da fogueira, que rodavam e rodavam, rodavam. Alucinadas crianças se fingiam de surdas e mudas e jogavam-se, quase, na fogueira que crepitava enriquecida pelos devotos que a al

SELL - SEMINÁRIO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS - UNIR/VILHENA

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XV SELL - SEMINÁRIO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS - UNIR - VILHENA DIAS: 06, 07 e 08 DE OUTUBRO. POR QUE IR? O SELL é o maior evento de Letras e áreas afins do Estado. Congrega grandes personalidades das Letras do Brasil e confraterniza o saber letrólogo universitário em toda região Norte. É um orgulho ir ao SELL e ver a chama forte das Letras em um mundo que cada vez mais necessita delas, mas muitas vezes as não reconhece. Segue programação: PROGRAMAÇÃO 06 de outubro 8h - Entrega do material 10h às 11h30min - Sessões de comunicação 14h - Abertura 14h30min - Palestra: Surpresas Literárias: Um Machado desconhecido Drª. Cyana Leahy-Dios (UFRJ) 15h30min - Mesa Redonda de Ensino de Língua Portuguesa 19h - Palestra: Fernando Pessoa Eu, e os outros Drª. Elêusis Mirian Camocardi (UNESP) 07 de outubro 8h às 11h30min - Mini-Cursos 14h - Palestra: Como adquirimos a linguagem escrita Drª. Cancionilla Janzkovski Cardoso (UFMT) 15h30min - Palestra: Como aplicar material pedagógico in

resenha jurídica - O CASO DOS DENUNCIANTES INVEJOSOS

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O CASO DOS DENUNCIANTES INVEJOSOS - Resenha Jurídica by Rômulo Giácome O curso de Direito é uma grande aventura para mim. Como uma grande aventura, trás alguns desafios perigosos. Como exemplo teórico, posso elencar a dificuldade de perscrutar os conceitos epistemológicos da ciência e filosofia jurídica, seus embrincamentos e suas implicações conceituais. Este problema surge quanto comento alguma obra jurídica que li, ou quando necessito construir um conhecimento jurídico. Por este viés de desafio e aventura, faço esta pequena resenha crítica, com a profundidade objetiva que me é permitida, relacionando na medida das possibilidades sistemáticas da minha parca altura intelectual neste novo seara. Bem, iniciamos entendendo que esta obra está estruturada sobre um dialogismo. Ou seja, um diálogo dicotômico entre teorias propostas e propaladas por pares. Assim, de uma situação problema, surgem tentativas de respostas a solucionar este dilema, que está concentrado na mão do possív

LUAN SANTANA É NOSSO JUSTIN BIEBER TUPINIQUIM: ESTAMOS SALVOS!

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Da mesma forma que existe uma balança comercial, incluindo conceitos de déficit e superáviti, bem como reservas de mercado e impostos de importação e exportação, também identifico uma balança comercial cultural . O que importamos e exportamos e suas relações com a nossa própria cultura e controle governamental. Vejamos. Importamos uma gama de músicos americanos e europeus: bandinhas de quinta, rappers posers / loosers, “divas” siliconadas e coreografias sem conteúdo. Às vezes alguns conteúdos mexicanos explodem por aqui, como os Rebeldes. No entanto, exportamos Tom Jobim, Tropicalismo, Tom Zé, João Gilberto, Mutantes e Secos e Molhados (ainda). Vejam que bom equilíbrio nesta nossa balança cultural de importação? Estamos no lucro, dizem por aí. Exportamos luxo e recebemos lixo. Recentemente vivemos um fenômenos pop de níveis globais. Justin Bieber é seu nome. Um menino que brotou dos cântaros do Youtube e virou fenômeno mundial. Já assimilamos e compramos. Justin já foi importado pel

resumo ROLAND BARTHES - ELEMENTOS DE SEMIOLOGIA - Língua e Fala

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ROLAND BARTHES ELEMENTOS DE SEMIOLOGIA – CAPÍTULO I LÍNGUA E FALA Língua e Fala à Dicotomia essencial; - Realidade inclassificável da língua; a língua não pode ser definida facilmente; - Simultaneidade: a fala é um ato físico, fisiológico, psíquico, individual e social; - Todo coletivo social é “língua” LÍNGUA É A LINGUAGEM MENOS A FALA Língua: Instituição social e sistema de valores Exemplos: (hierarquia / moda / conveniência / norma culta) Língua: - Sistema coletivo autônomo (cresce / diminui / recicla / vida própria) - Contratual (contrato entre os falantes) - Possui valores e regras; - “jogo” à signo é uma moeda; tem valores próprios; FALA É UM ATO INDIVIDUAL ATUALIZAÇÃO E SELEÇÃO COMO NASCEM E MORREM AS LÍNGUAS? (REFLEXÃO) Alguns conceitos sobre fala: “mecanismo psicofísicos que lhe permitem exteriorizar estas combinações” “fala é um ato individual combinatório e não ato criativo” Dicotomia: Língua e Fala; a

Recomendações Culturais: BERNARDO CARVALHO (Livro), VIOLINS (Música);

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NOVE NOITES - Bernardo Carvalho by Rômulo A obsessão de pesquisar sobre um antropólogo perdido no vale do Xingu; uma notícia de jornal que inaugura e propicia esta pesquisa profunda em busca da causa de sua morte; cartas e resquícios de memória que ficaram presentes em alguns personagens após 69 anos do ocorrido e o momento do narrador; um narrador real (?), que mostra a busca pelas pegadas; que apresenta suas indiossincrazias em relação ao modelo de Buell Quen (o antropólogo) e o seu pai; Assim começamos a construir os elos de uma obra que mistura realidade, ficção, subjetividade, memória e sensações: onde estará a verdade? Entrevistas com pessoas relacionadas ao fato da morte de Buell, visitas à museus, imersão na tribo Khahô em busca do túmulo do antropólogo; a visão do rio Tocantins; a leitura de cartas que provavelmente foram escritas por Buell e entregues aos seus familiares e amigos; um imenso quebra-cabeça em busca de descortinar a morte do pesquisador indígena; Bem, este é

VIAGEM PORTO VELHO-RO (JULHO/2007) - FERROVIA MADEIRA MAMORÉ E VAGÕES ESQUECIDOS

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Inauguro no blog esta seção On the Road com grande prazer e satisfação pelos relatos de viagem. Confesso ser um gênero não definível e fácil de articular, mas procurarei narrar com fidelidade de memória emotiva, que sempre me leva onde quero. Inspiro-me na grande obra de Jack Kerouac, On the Road. Esta viagem surgiu motivada pela vontade de aprofundar meus conhecimentos acerca da ferrovia Madeira Mamoré.

Resenha - SHREK 4 E TOY STORE 3 - CARA DE CRIANÇA E CORPO DE ADULTO

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by Rômulo Giácome Há muito tempo o cinema dito para "criança" vem sendo objeto de interesse dos adultos; em busca do nostálgico elemento perdido da infância, muitos "grandinhos" tem fervorosamente procurado o cinema infantil, principalmente os desenhos animados, como forma de catarse e eterno retorno, buscando um re-encontro consigo mesmo. A infância reveladora mostra a alegria perdida e o instinto ausente do riso. Filmes como "Os sem Floresta"; "Madagascar" e "Era do Gelo" são construções repletas de elementos fabulares simples e complexos, de sequências de aventuras eletrizantes e marcantes, bem como embalos musicais e coreografias contemporâneas que misturam paródias da cultura pop com a vida do imaginário infantil.

JOSÉ SARAMAGO: CARNAVALIZAÇÃO NA OBRA MEMORIAL DO CONVENTO (Artigo)

MARCAS DE CARNAVALIZAÇÃO EM “MEMORIAL DO CONVENTO” Valdenice Oliveira Mendes Rômulo Giacome de Oliveira Fernandes A carnavalização é uma leitura irônica de tudo que é sério e que está presente na literatura atual. Para Bakhtin o carnaval teve sua representação mais forte na Idade Média, por meio das histórias contadas por Rabelais, porém, com o tempo, a verdadeira origem carnavalesca foi perdendo alguns traços particulares, mas mantendo sua essência carnavalesca. Os traços do carnaval permanecem até os dias atuais na literatura devido a sua concepção ampla e traz a ideia de um termo antigo de festa popular. (BAKHTIN, 1999) O romance “Memorial do Convento” pode ser visto com características que permanecem fiéis ao texto e retratam a época histórica e literária. No romance, é possível observar as marcas carnavalescas por meio da narrativa irônica que descreve a promessa do rei de construir o convento às duras custas populares, o exagero das ambições burguesas, as pro

PARADOXOS SOCIAIS; DESIGUALDADE CULTURAL?

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II SEMARTE - SEMANA DE ARTES DA UNESC - 10 a 12 DE MAIO

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A CULTURA É UMA FORMA DE RESISTÊNCIA MILENAR CONTRA A OPRESSÃO; SOMENTE RESISTÊNCIA ÀS IDEOLOGIAS DOMINADORAS CONSEGUE MANTER A INTEGRIDADE SOCIAL DE UM GRUPO, A PARTIR DOS SEUS VALORES, CRENÇAS E AXIOMAS EFETIVOS. ESTA CAMADA VISÍVEL DA CULTURA, COMO SUAS MANIFESTAÇÕES FOLCLÓRICAS, REGIONAIS, MÚSICA, CULINÁRIA, TIPICIDADES NATURAIS DE DADO GRUPO QUE MANTÉM SUA HISTORICIDADE, É A CAMADA FINA DOS MOVIMENTOS ORGÂNICOS DE UM GRUPO COESO. IDENTIDADE CULTURAL É A PROTEÇÃO IDEOLÓGICA DE UM GRUPO SOCIAL. SEM ELA, SOMOS UM BARCO A DERIVA. A semarte tem o objetivo de fomentar um ambiente propício à criação, a dramatização, à produção artística; é neste clima de ousadia e inovação que ela deve se equilibrar, movimentando as emoções e o intelecto rumo à autonomia e a libertação da alma por meio da arte. Quero agradecer imensamente a todos que participaram da SEMARTE. Aos docentes do curso de Letras e Pedagogia, aos monitores que não mediram esforços em contribuir, à professora Regiani Leal Dalla