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Mostrando postagens de 2006

DICAS PARA A ANÁLISE LITERÁRIA

Prof. Rômulo Giácome de Oliveira Fernandes O presente texto tem o intuito de fornecer alguns subsídios teóricos e práticos para a abordagem do objeto poético, com fins a análise literária.   1 DÊ MARGENS ÀS PRIMEIRAS IMPRESSÕES; - Destaque o Valor Denotativo das palavras primeiro, pois é preciso conhecer o referencial para desvendar os sentidos; - Valorize as Imagens; realize-as com fidelidade e clareza de detalhes; elas darão informações valiosas sobre o texto 2 PROCURE AS CONTRADIÇÕES : - Segundo a semântica Greimasiana, o sentido sempre está na diferença; faça uma leitura inspecional procurando estranhamentos ou referências não determinadas; procure também os exageros; além de imagens insólitas, que podem levar a outros campos expressivos e semânticos. 3 SAIBA DISTINGUIR O GÊNERO: - Um poema também pode estabelecer contatos com gêneros narrativos; observe se ele é mais descritivo, dando ênfase aos adornos ou detalhes nas imagens; ou se é narrativo, valorizando um

RENATO RUSSO NÃO MORREU

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Domingo, aproximadamente 22:00 de calor e chuva; mesmo que ao fundo tenha sons avulsos de chuva, pequenas nuvens de calor exalam do corpo da terra; a vontade de escrever foi mais forte que a preguiça e a loucura foi solta após seções cavalares de músicas de CSS (Cansei de Ser Sexy) e os filmes Taxi Drive e Apocalipse Now Redux; BLOG DO MARCELO CAMELO Que os Los Hermanos representam ainda alguma coisa nova no novo rock and rola (enrola) e pululam interesses hermafroditas na MPBS (S de samba), bem, todos sabem; o novo-velho album deles, quatro, soa intrigantemente, bossa. Bem, mas o que interessa agora é ler o que o marcelo camelo, ilustre componente da banda, escreve em um blog hospedado na globo.com. O primeiro dos já dois textos escritos por ele são bem banacas; separados os excessos retóricos de início pensante do autor, acoselho dar uma acessadinha; o primeiro texto é bem semiótico; fala de armadilhas do mundo icônico, de representação e de questões quase que semióticas da lingua

OFICINAS NA ESCOLA CARLOS GOMES - PROJETO CULTURA ITINERANTE

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No dia 25 de Agosto, os acadêmicos do 4º período Letras / Inglês, desenvolveram a primeira etapa do projeto CULTURA ITINERANTE. Na ocasião, ofereceram 10 oficinas aos alunos da escola Carlos Gomes, nos dois períodos, manhã e tarde. O projeto atendeu mais de 500 alunos em ambos os períodos, levando informações e atividades sobre recital de poesias, leitura digital de filmes (épicos e desenho animado), linguagem da propaganda, oficina sobre piadas e charges, fábulas, crônicas contemporâneas, expressão corporal e teatro, literatura e música popular. O evento teve o total apoio da equipe pedagógica e direção, bem como de todos os membros do corpo docente da referida escola, que permitiram o uso de todas as aulas da sexta-feira para a relização do projeto. Organizado e Coordenado pelo estágio de Letras, sob responsabilidade do Prof. Rômulo Giácome, o evento agregou mais experiência aos futuros professores, criando um ambiente de discussão e prática das linguagens artísticas que cercam o ens

(+ fotos) OFICINAS NO CARLOS GOMES - 25 DE AGOSTO

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UM PRESENTE LITERÁRIO A TODOS

O TEOLITÉRIAS está de volta; depois de quase dois meses sem postagem, voltamos a ativa novamente; Para tanto, vos presenteio com este belíssimo poema em prosa de Jorge de Lima; Um achado, uma pérola; Um dos grandes poemas em prosa da nossa língua, que consegue subverter os limites entre o plástico e o verbal; Aproveitem o presente e contemplem o sublime momento da poesia; Abraços a todos; _______________________________________ O grande desastre aéreo de ontem Para Cândido Portinari Vejo sangue no ar,  vejo o piloto que levava uma flor para a noiva, abraçado com a hélice.  E o violinista em que a morte acentuou a palidez, despenhar-se com sua cabeleira negra e seu estradivárius. Há mãos e pernas de dançarinas arremessadas na explosão.  Corpos irreconhecíveis identificados pelo Grande Reconhecedor.  Vejo sangue no ar, vejo chuva de sangue caindo nas nuvens batizadas pelo sangue dos poetas mártires. Vejo a nadadora belíssima, no seu último salto de banhista, mai

PESQUISADORAS DO GRUPO TEOLITERIAS DEFENDEM PROJETOS

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por Professor Rômulo Giácome de Oliveira Fernandes HEI, HO, LETS GO!!! Antes de começar este post, quero avisar aos acadêmicos do 1º período que o material de apoio para a prova está no link lá em baixo. Um beijo a todos. _______________________________________ Não poderia passar em branco uma primeira indicação musical: Morrissey em RINGLEADER OF TORMENTORS - (foto abaixo) Fatal e sedutor;não faltam motivos críticos para escutar Morrissey, uma vez que ele salvou o Rock nos anos 80 com a banda The Smiths; as minorias, aqueles que clamam pelo amor, ou pelo amor indubitavelmente grandioso, para esses The Smiths tocavam; ou para aqueles que sentiam-se pequenos demais diante do mundo ou grandes demais para o próprio corpo; a inconsistência de se reconhecer perdedor, anarquicamente envolvido nos desejos ocultos que dilaceram o corpo e deturpam a alma; talvez o elemento sensorial de sentir o chão caindo sobre a cabeça "I know over"; bem, The Smiths é antológico; mas voltando a Morr

AINDE QUE FIQUE, SEMPRE SOBRA

Por Rômulo Giacome de Oliveira Fernandes _______________________________________________ quando andamos no solo seco solo tênue próximo as linhas do caminho se fecham e se cruzam por sobre elas mesmas; fundem-se na pele o ferro e flutuando o contorno da estrada circula no vento e faz-se alto girando luminoso de fronte formando uma auréola sufoca a cabeça que pesada cai na terra da estrada sem caminho formando o pó e mais nada onde estaria no leito a acabar sabendo que pedaços sensíveis despedaçadas epidermes sofrem o peso sufocante da escolha e da vida afora correndo diante do vazio que agora enegrecido pelas formas invisíveis pedem um pouco de mim onde mim mesmo estaria desperto a acordar sem saber que o frio não corta nem o fogo queima só o vazio silencioso que marca o espaço, definha o sonho e destrói a última gota de lembraça ficando o resto, ainda, a contemplar as sobras do tempo e da consciência com a cara na lama, os pés na merda a cabeça pendida a

LITERATURA DO ESGOTAMENTO OU LITERATURA DA PLENITUDE?

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por Rômulo Giacome de Oliveira Fernandes Se a arte rompe os fins dos tempos em busca de algo para imitar, a tendência pós-moderna é acreditar qua a própria imitação é matéria de ficção; A ficção por sobre a ficção; tendo em vista que o universo real é uma ilusão; Esta estratégia de auto-devoração, faz com que toda obra se auto-referencie; e nesta teia de re-criações, o novo não surja no produto, mas no processo. Para Linda Hutcheon, existem os termos MIMESE DO PRODUTO e MIMESE DO PROCESSO; o primeiro é a realização da imitação do "real"; das personagens, da verossimilhança, dos objetos; no segundo caso, é uma imitação do processo de invenção, mostrando os códigos, os recursos, as marcas que ficam escondidas quando do ato da leitura; é uma espécie de Narcisivação (Narciso) do processo de fazer, de compor, de apresentar; o artista tem a obrigação de agregar ao seu texto o processo de composição, o modus de escrever, as marcas utilizadas; O resumo de Jonh Barth faz é emb

O FIM DA CRIATIVIDADE OU PÓS-MODERNIDADE?

ONDE NASCE A VANGUARDA E CHORAM OS DEUSES ____________________________________ Existe um fim para a criatividade? Ou a criatividade é um fim em si mesma? Vivemos um tempo em que muito já foi dito e muito já foi experimentado; muitas formas já foram utilizadas, mas antes de tudo, os conteúdos e temas já foram batizados variadas vezes na foz do Rio Jordão; Talvez tenhamos tido conflitos demais, assuntos demais para debater, o que afugentou de certa forma o poeta e/ou artista induzido a imaginar que ainda poderia falar de tudo, sem antes cair no erro de que muito ainda falta; ou por outro caminho hipotético, os conteúdos e conflitos são sempre os mesmos, e tomam pouco espaço no rol textual; o que acontece que tudo o que já foi experimentado, reiterado, re-utilizado, já não imprime idéia de criatividade; vivemos o fim dos tempos? Este problema é cientificamente abordado, criando o conceito de "crise do esgotamento". Ao de se procurar novos signos para a arte; novas for

A ESTÉTICA DA VIOLÊNCIA

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Olá a todos!!! epígrafes da semana: "Ninguém vai me dizer, o que sentir, meu coração está disperso e é sereno o nosso amor e santo esse lugar(...)estive cansado, seu orgulho me deixou cansando, seu egoísmo me deixou cansado, minha vaidade me deixou cansado, não falo pelos outros, só falo por mim"(...) Marisa Monte & Renato Russo “A ficção consiste não em fazer ver o invisível, mas em fazer ver até que ponto é invisível a invisibilidade do visível”. M. Foucault ______________________________________ Esta postagem terá como âncora a primeira parte da trilogia de textos sobre a estética da violência;

CONCEITOS CAPILARES DA TEORIA LITERÁRIA

Prof. Dr. Rômulo Giácome O Fernandes 1. A literatura está no rol das artes , e por ser antes e tudo expressão artística, ela não tem contato ou obrigatoriedade de o ter com a verdade ou até mesmo com a mentira. A arte possui apenas uma verossimilhança, ou seja, possui uma ligação estrutural ou dialética com a realidade, visto que ela imita (mimese) ou recria esta suposta realidade. 2. Por estar consolidada como arte, possui uma perenidade temporal inatingível; é sempre universal, uma espécie de novidade que permanece sempre novidade . A resposta para este poder universalizante está em alguns fatores, como: a) a literatura não fala de coisas, ou de elementos datados; ela fala por categorias: dores, dialéticas que sempre existiram em qualquer tempo ou espaço. b) é feita de linguagem e portanto é um jogo que pode sofrer mudanças nas regras e possibilitar novos sentidos em qualquer época, visto ser de código aberto (sistema modalizante secundário). f) Possui face metalinguística: e

TÉCNICAS SEMIÓTICAS APLICADAS À VANGUARDA NA PINTURA

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Este texto aborda a transformação ocorrida no seio da linguagem das artes pictóricas (Pintura), observadas pela metodologia semiótica. Essa transformação tem seu ponto de eixo e movimento do figurativo para a abstrato, e tem seu epicentro histórico no final do século XIX. Como podemos analisar pela perspectiva semiótica esse movimento?  Três momentos marcantes na arte pictórica determinam a nova visão do signo que insuflou no século XIX.  O primeiro momento é o Impressionismo, que já comporta a (des) unidade do semi-signo (símbolos), ou seja, já apresenta a quebra de certas consolidações legitimadas pela Hierarquia artísticas. Inclusive celebrada pelas formas figurativas clássicas, como a cena e as paisagens. Assim, as formas que designam coisas com significados definidos não são mais tão presentes, ou já passam por modificações.  Como exemplo podemos apresentar o figurativo, o traço, a norma, o tipo de luminosidade claustrofóbica que permeava a unidade. O impressionismo tem

O SHOW DO ANO PARA MIM FOI TELA QUENTE REPETIDA

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< > abaixo, shows do ano, charges do ano e alguma coisa mais. No ano de 2005 o nosso grupo de pesquisa conseguiu produzir sete trabalhos monográficos no curso de Letras da UNESC. São pesquisas que iniciram-se ainda nos primeiros períodos e foram tomando forma e volume no andamento da graduação e marcaram a própria evolução do TEOLITÉRIAS. O nosso grupo leva em conta que quanto mais cedo a delimitação do tema surge, mais qualidade poderemos agregar à pesquisa. Uma outra forma de laurear nossas atividades é divulgá-las. Para isso apresento os temas das monografias que foram defendidas no ano acima citado. da esquerda para direita: DANIELY AYRES ABREU - PARTICULARIDADES SEMIÓTICAS NO SISTEMA DE COMUNICAÇÃO DOS INDIVÍDUOS COM SÍNDROME DE DOWN LEANDRA HELOISA TURRINI - O FETICHE COMO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO SEMIÓTICA NOS LAYOUTS DE PROPAGANDA DE LINGERIE ANDRESS DANIELY AVILLA - A RELAÇÃO SEMIÓTICA DA PINTURA DE PORTINARI COM OS SIGNOS REALÍSTICOS DE EUCLIDES DA CUNHA.

VIAGEM BRASÍLIA-DF (JANEIRO/2005) - MEMORIAL JK: MEMÓRIA DE UM PRESIDENTE POP

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Viagem realizada em 2006, de Cacoal-RO ao Distrito Federal, conhecendo elementos históricos e culturais, bem como políticos de nossa Capital Federal. Neste texto demarco o impacto que tive ao visitar o Memorial JK e entender um pouco da história da nossa nação.